domingo, 3 de outubro de 2004

Border Line

A minha vida foi sempre vivida como um "border line". Na necessidade de me sentir como Jesus quando com 12 anos entrou no templo e os sacedortes fizeram silêncio para o ouvir. Na procura dos ideais por um mundo melhor e na constação da sua impossibilidade voltar-me contra mim. Na procura da Maria Madalena para atenuar o peso da cruz e a certeza da ressurreição ao terceiro dia daqueles que me quiserem levar consigo. Quando o que digo perturba. Quando o que penso incomoda. Quando o que sinto não afecta. Quanta amargura. Quanta dor, mas que uma restea de sol consegue alimentar na esperança de sair do estado comatoso. A border line possivelmente será o estado actual e conseguir voar provavelmente o estado desejado. Era uma vez...

2 comentários:

  1. És como um "border line", dizes tu.
    És ainda mais inteligente ao confessares-te assim.
    Já sabes então a minha resposta:
    - tens em ti todos os recursos para manteres-te assim!
    nessa tua zona conflictuosa de conforto...
    pelo menos... enquanto não quiseres utilizar os teus mesmos recursos
    ... para saires daí

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  2. "Ser-se autêntico, não sendo apenas um figurante só se justifica quando se procura ser feliz"

    Já nessa altura eras um verdadeiro Pniliano. (Zé, estarei muito errada?)
    Sinto-me feliz por me deixares ser tua amiga há já alguns anos. Eternamente "brigada".

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