quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Milton Erickson, uma metáfora


John é esquizofrénico.
Milton Erickson deu a John um cão para tratar, Barney.
É um cão tirado do canil, um cão liberto assim duma institucionalização e da morte eminente duma ultima injecção.
Milton Eriksom, o grande Mestre da comunicação indirecta, passa a comunicar com John através de cartas escritas por Barney, o cão que se tornou totalmente dependente de John para a sua sobrevivência.
John não tem outra solução senão assumir a sua responsabilidade criando com Barney um relacionamento satisfatório
Sobre este relacionamento entre John e Barney, Milton Erickson escreve mais tarde poemas (poemas sobre um Velho Ermitão – Milton Ericskon, ele mesmo, A Senhora da Casa - a esposa de Milton, Roxie – a filha de Milton por quem Barney está absolutamente louco por uma carícia...)

Às vezes sinto-me John:
John, o maravilhoso, tem um cão de caça
Que ele alegremente salvou de uma surra.
John escolhe para ele
Várias coisas para roer.
Barney acha maravilhoso ter John por perto.

Às vezes sinto-me Barney:
John é um bonito rapaz
E quando chega a hora de dizer “olá”!,
Barney espera
Na cancela
E então se finge de frio e sóbrio.

“John é um bonito rapaz” e “Barney é um cachorro de sorte”...
Ele “agarra voraz o afecto de John”.
“John, o maravilhoso, tem um cão de caça” e “Barney acha maravilhoso ter John por perto”.

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