Era uma vez...
um menino que gostava de passear à beira-mar, sentir a água quente acariciar-lhe os pés e respirar fundo toda aquela aragem que o preenchia completamente.
Até que um dia..., enquanto caminhava, viu ao longe, vindo na sua direcção, um velhinho de barbas, com um manto branco, que sorria.
Receoso, mas ao mesmo tempo intrigado, apressou o passo.
Quando o velhinho se aproximou, estendeu-lhe os braços, abraçou-o, olhou-o nos olhos, disse-lhe MUITO BEM!!, com uma voz terna e sonora, deu-lhe o braço e caminhou ao lado dele silencioso, como se já o conhecesse há muito tempo.
Lá mais à frente, dirigiu-o para uma cabana que existia no sopé da montanha e, com muito carinho, fez-lhe sentar em frente dele. E o silêncio continuava.
O menino, cheio de questões, dúvidas e reclamações na sua cabeça, nem se atrevia a formulá-las. Mas o velhinho lia-lhe todos os pensamentos e a cada pergunta que ele fazia, respondia-lhe MUITO BEM! MUITO BEM!, com uma voz calma terna e sonora.
Passados uns bons momentos, já o menino tinha todas as questões respondidas, o velhinho voltou a dizer MUITO BEM!, pegou-lhe no braço e conduziu-o, novamente, à beira mar, até ao local onde o tinha encontrado. Aí deu-lhe um grande abraço, olhou-o nos olhos com ternura, disse-lhe MUITO BEM!, voltou-se e foi-se embora.
E o menino, não sei porquê, continuou o seu caminho de regresso com uma alegria e felicidade indiscritíveis...
MUITO BEM!
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