Numa das noites mais delirantes da minha vida, senti um vento nem frio nem quente, um vento sem ter mesmo o sentir do vento, e encontrei-me inesperadamente na presença dos Deuses.
Apesar de estupefacto, e ainda hoje me surpreendo disso, dirigi-me aos Deuses de cabeça levantada embora no meu coração houvesse uma humildade infinita. Aproveitei esta ocasião de que poucos humanos se podem regozijar e disse:
- Os seres da terra são máquinas esquizofrénicas delirantes de desejo; expliquem-me então ó Deuses, o que é que os seres da terra procuram, qual é o verdadeiro Nome do Desejo?
O que aconteceu a seguir não me espantou, que ousadia a minha! Não esperava resposta embora no fundo desejasse um milagre.
Os Deuses voltaram-se para dentro. E por momentos pensei mesmo que nunca obteria uma resposta. Mas então, surpresa das surpresas que faria estarrecer qualquer humano, houve um Deus, com um sorriso infinito, envolto numa auréola de Luz Branca, que com um olhar infinitamente compreensivo, se dirigiu a mim e disse:
- Por agora só te posso dizer isto: o Nome do Desejo é este - VOLTAR A CASA!
Sem comentários:
Enviar um comentário