Recordo-me da vizinha do primeiro andar. Penso que era ela... Durante o Practioner, cruzei-me com ela pelo menos por duas vezes, ao entrar. Sempre nos dava passagem com um sorriso tranquilo. Uma vez expressou que devia ser bom estar na casa do vizinho. Tanta gente a entrar e a saír. "É porque gostam dele", disse. Acenei com a cabeça. É verdade, respondi.
E porque acredito profundamente que a vida não acaba com a morte, aqui fica um tributo.
Obrigada à vizinha do primeiro andar por não se importar da música alta, das gargalhadas e das incessantes entradas e saídas. Também ela tornou possível a nossa transformação pessoal.
Bem-Haja!
Maria José Costa Félix, já aqui citada, refere-se à Vida que não acaba com a Morte, no seu Livro "Vamos Falar de Amor". Aqu ficam algumas palavras:
" Face à morte de alguém próximo, de repente é como se um imenso desconhecido dissolvesse as referências da nossa própria vida. Tomamos consciência de como ela pode acabar quando menos esperamos. E somos sufocados por uma série de interrogações. Sentimo-nos muito sós e com medo. O momento é de desamparo total. Tocamos o fundo do poço, aí onde ninguém nos acode...
ESSE ALGUÉM, PORÉM, CONTINUA VIVO, EMBORA SOBRE OUTRA FORMA
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