Acerca dessa estranha amiga, que um dia destes nos virá visitar...
" Não há lugar algum na Terra onde a morte não nos possa encontrar, mesmo que contorçamos as nossas cabeças em todas as direcções como se estivessemos num território dúbio e suspeito...Se existisse uma maneira de nos protegermos dos golpes da morte, não sou homem para recuar perante ela. Todavia, é uma loucura pensar que possamos vencê-la.
Os homens vão e vêm, correm e dançam, e nunca pronunciam uma palavra a respeito da morte. Tudo está bem enquanto dura, porém, quando ela surge - para eles, para as esposas, para os filhos, para os amigos -, apanhando-os desprevenidos e não preparados, oh!, que tempestades de paixões então os dominam, que choros, que fúrias, que desesperos!...
Para privarmos a morte da maior vantagem que detém sobre nós devemos começar por adoptar um caminho completamente oposto ao habitual. Retiremos-lhe toda a sua estranheza, frequentemo-la, habituemo-nos a ela, façamos com que seja o pensamento mais constante nas nossas cabeças...Não sabemos onde nos espera e, portanto, esperemos por ela em todo o lado. Praticar a morte é exercer a liberdade. Um homem que aprendeu como morrer, aprendeu a não ser escravo." Montaigne
" Não há necessidade de templos, não são precisas filosofias complicadas. O nosso cérebro e o nosso coração são o nosso templo. A minha filosofia é a bondade." S.S. Dalai Lama
"Todas as grandes tradições espirituais do mundo, incluindo, é claro, o cristianismo, nos disseram com clareza que a morte não é o fim, todas elas nos transmitiram a visão de uma espécie de vida futura, o que confere um significado sagrado à nossa vida actual. Porém, apesar desses ensinamentos, a sociedade moderna é, em grande parte, um deserto espiritual, onde a maioria imagina que esta vida é tudo o que existe. Sem nenhuma fé real ou autêntica em algo depois da morte, a vida da maioria das pessoas está despojada de qualquer significado." Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte
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