quinta-feira, 10 de novembro de 2005

A ARTE DO COACHING

XIS – OUTRA PORTA
Maria José Costa Félix


A ARTE DO COACHING

Coaching é uma terapia breve que, levando-nos a tomar consciência dos nossos próprios recursos, nos desperta para nós mesmos. Ajuda-nos, assim, a chegar onde queremos.


Muitas vezes não sabemos como resolver uma qualquer questão que nos preocupa. Como realizar um determinado objectivo que temos em vista. Como alcançar uma determinada meta a que nos propomos.
E a razão é porque não conhecemos os recursos que temos. Nunca parámos para olhar para eles. Nunca sequer os identificámos.
Tomar consciência de recursos que já em nós existem é, naturalmente, a forma mais rápida para conseguir isso que queremos. Mas é, além disso, também a mais eficaz.
Quem o afirma é Cristina Seabra, coach com certificação internacional, master-practioner em Programação Neuro-Linguística (PNL), membro da Comunidade Internacional de Coaching (ICC) e formadora certificada pelo Instituto para a Qualidade da Formação (IQF). E diz: “Não há pessoas sem recursos, mas apenas pessoas que não utilizam devidamente os seus recursos.
A vida é feita de uma série de pequenas decisões. E uma grande mudança geralmente corresponde a várias pequenas mudanças realizadas no momento adequado.
Cada decisão que tomamos empurra-nos no sentido daquilo que pretendemos alcançar, na medida em que nos mantém na pista da mudança. O primeiro passo é sempre decidir mudar.”
Ou seja: Temos dentro de nós tudo de que precisamos. As respostas para aquilo que passamos a vida a perguntar aos outros, à vida e a nós próprios. Basta descobri-lo e aproveitá-lo ao máximo.
Formular objectivos é dar ordens ao nosso cérebro. E cada um de nós é dono da sua mente.
“Se duvida de si, a melhor maneira de utilizar os recursos necessários para conseguir o que pretende é fazer de conta de que é capaz”, diz José Figueira, master practioner e trainer em PNL com quem C.Seabra se iniciou nesta terapia.
“Experimente e veja o que acontece”, aconselha este mestre.

Rapidez e eficácia
Não existe tradução adequada para o termo coaching. Traduzido à letra, significa treino.
Trata-se de uma estrutura ou forma de agir que, utilizando um conjunto de técnicas - tarefas ou exercícios -, nos permite obter, no mais curto espaço de tempo, o melhor resultado possível numa determinada área de actuação.
Um pouco diferente das terapias mais ditas convencionais, é uma terapia – muito virada para o resultado concreto - que começou a ser posta em prática, por volta dos anos 60 do século passado, no mundo do desporto. A seguir, encaminhada para as vendas. A certa altura, integrada na Programação Neuro-linguística (PNL). E, devido à sua eficácia, hoje em dia está em grande expansão no mundo inteiro.
O sistema de coaching consiste em perguntas cujo objectivo é:
- confrontar-nos com as nossas experiências;
- investigar dentro de nós crenças que, bloqueando-nos, nos impedem de conseguir o que pretendemos;
- alterar essas ideias feitas;
- levar-nos a descobrir os recursos de que precisamos para atingir uma determinada meta.

Escutar com consciência
“A meta tem de ser clara, estimulante e atingível”, acrescenta Cristina Seabra.
Continua: “A partir daí, o coach (ou terapeuta que faz o coaching) ajuda a definir as tarefas que permitam atingi-la. Mas deve intervir o menos possível.”
E explica: “Uma das mais valias neste tipo de consulta é escutar com consciência. Naquele momento muito especial em que o ego do coach se cala, o julgamento se apaga e a leitura do pensamento não tem mais lugar, todo o processo fica centrado no cliente, na sua questão, no seu objectivo, na sua meta.
Ao calar o seu diálogo interior, o terapeuta permanece, então, absolutamente disponível para a pessoa que tem à sua frente. E as respostas a tantas interrogações que ela faz emergem como se desde sempre nela existissem, apenas à espera do momento certo para que se revelassem.”

E ainda:

A caminho da nossa essência
No coaching, importante é a forma como somos confrontados. As perguntas que nos vão sendo feitas a partir de respostas que vamos dando e cujo objectivo é sempre no sentido de nos obrigar a ir ao fundo de nos próprios. É por aí que poderemos ir mais longe do que aquilo que em nós já conhecemos. E, ao desmontar esquemas mentais inconscientes que nos limitam, explorar potencialidades desconhecidas. Valores que, quando consciencializados como sendo os essenciais, constituem os nossos verdadeiros recursos. Os que nos dão aquilo de que, de facto, precisamos para chegar onde queremos.

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