e esta consiste a inclinar-se interiormente, a reconhecer aquilo que é.
Agir sempre a partir daquilo que é, e não a partir daquilo que segundo eu deveria ser.
" -Não é justo, ele ou ela deveria ter dito ou feito de outra maneira, etc.
O lacher prise face a este modo errado de funcionar não exclui em nehum caso a acção: esta simplesmente provém de outra fonte. Já não é mais o eu que quer, é a situação que exige uma resposta oportuna.
É a partir daqui que a nossa acção se realiza no presente e não a partir duma reacção superficial e mecânica fundamentada nos nossos velhos esquemas de funcionamento.
Precisamos continuamente perguntarnos o que somos relação a estas reacções físicas, emocionais e mentais. Como fazer lacher prise frente aos momentos felizes ou infelizes, quando estamos de bom ou mau humor?
A prática deste lacher prise coloca em causa o egocentrismo. Ela implica um abandono do nosso querer pessoal, e deste abandono resulta uma descontração.
É a submissão àquilo que é e não ao que deveria ser, e partilhado por todos os mestres zen, sufis, hindus ou cristãos: a frase célebre: «Que seja feita a Tua vontade e não a minha.» Neste momento não existe mais a separação, dualidade, entre mim e a realidade do momento.
Arnaud Desjardins
5 comentários:
Toda a Cultura é o resultado da intervenção na realização daquilo que pensamos que deveria ser. A Cultura é sempre a realização do Sonho. No fundo é esse o projecto da PNL, penso eu. Realizar o que deveria ser.
Submissão ao que é, não me parece muito entusiasmante – na sociedade actual aquilo que é, é uma lástima, é uma injustiça, é uma falta de dignidade. Mesmo interiormente é uma incongruência como resultado de conflitos de valores. Aceitar o quê?
Pessoalmente nunca me submeterei àquilo que é!
A PNL “tenta” dar uma resposta a este conflito:
Respeite a intenção mas não aceite o que é, transforme. E introduz um conceito para favorecer a resolução do conflito da dualidade na transformação, que é o conceito “ecologia”: transforme mas de acordo com a sua consciência interior.
Claro que isto é um grande passo mas não resolve tudo. Ainda há muita PNL por descobrir: o que é que você leva na sua consciência?
Ora aí está o cerne da questão.
Com-preender já é transformar!
E a pergunta é: Como transformar sem "violar"? (resposta em PNL: ecologia. Mas esta resposta é suficiente?)
(Claro que a transformação abarcando aquilo que é, é uma das minhas preocupações. Veja o exercício "crie o CENTRO que está em si". Crie o que está em si! Está a ver?
Ora ainda há muito espaço para pensar a integração do ocidente e do oriente)
Venham reacções!!!
Tó, vive o teu sonho. Ele é mais importante que o conceito de tempo (ter ou não ter uma linha), ou que a escolha (que transforma sempre o sujeito)implicar ou não implicar uma intervenção sobre um (?) objecto.
Onde estava a estátua antes de ser esculpida ? Na mente do escultor ou no interior da pedra à espera de ser descoberta? E esta pergunta, fará sentido?
É um sonho muito antigo, é um sonho sem tempo: intemporal. Todos os sonhos se interpretam numa cultura, mas nem todos se reduzem a cultura, mesmo quando são apelos do espírito.
Que tema fantástico que o comentário de José Figueira vem buscar.
Que mundo é o nosso ? É mesmo mundo ou é i-mundo?
A técnica mais fantástica em PNL que conheço que liga o temporal ao intemporal, o que é transformável ao intransformável, com o fim de criar, enriquecer ou transformar a partir do encontro com a transcendência é a
TRANSFORMAÇÃO ESSENCIAL, atingindo a nascente interior -
Connirae Andres com Tâmara Andreas (Sumus, Brasil)
(Core Transformation, Reaching the wellspring within)
Esta técnica brilhante que desde o começo introduzi nos meus cursos, a técnica a que eu muitas vezes chamo de “mística com pés na terra” integra-se na preocupação actual da PNL cada vez mais focada para a transformação a partir da espiritualidade e da missão.
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