Só a alma nascida pela segunda vez
pode compreender que existe um «outro universo».
O ser humano deve nascer duas vezes:
uma vez da mãe, e outra vez do seu próprio corpo
e da sua própria existência.
O corpo é como um ovo;
a essência do homem deve conseguir transformar-se num pássaro,
graças ao calor do amor;
então ele escapará e voará no mundo eterno da alma mais além do espaço.
Numa visão destas, a morte não representa mais do que
uma etapa a ultrapassar para aceder a um novo degrau
sobre a escada da Existência universal.
O corpo, como uma mãe, leva a criança do espírito:
a morte, é apenas o sofrimento e as angústias do nascimento.
A dor o desejo e a paixão estão na origem de todo o nascimento:
« O corpo é parecido a Maria, e cada um tem em si mesmo um Jesus.
Enquanto Maria não sentir as dores de parto,
ela ainda não se dirige em direcção à árvore da felicidade.
Se experimentar-mos em nós esta dor, o nosso Jesus nascerá».
Rûmi ( le livre du dedans)
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