terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ser de esquerda ou direita também está no cérebro


... ser de direita ou de esquerda... corresponde a perfis cognitivos distintos...
... a diferença entre os dois tipos de respostas é perfeitamente visível nos registos do EEG...
É o córtex cingulado anterior, uma pequena estrutura localizada no interior do cérebro, atrás do lobo frontal, que parece estar associada a certas memórias que permitem à mente humana reconhecer as situações em que é necessário alterar o comportamento habitual...
... ‘as pessoas de esquerda’ apresentam quase o dobro da actividade das ‘de direita’ nesta estrutura cerebral...


Diário de Notícias
11 de Setembro de 2007
“Ciência”,pag. 34


O que é que isto tem a ver com PNL?


(Seria interessante que este blogue se tornasse ainda mais num portal vivo de crescimento, descoberta, inovação, abertura... Reagindo talvez a este artigo!)

5 comentários:

Ricardo Ferrão Vilaverde disse...

Relativamente a este artigo, há uma coisa que me chama a atenção: parte do princípio que as pessoas de esquerda estão mais predispostas a procurar novas formas de ver as coisas e de procurar respostas diferentes perante as mesmas sitruações - o que me faz pensar que quem escreveu o artigo deve ser de esquerda:). Consequentemente, as pessoas que experimentam a PNL também devem ser todas de esquerda, uma vez que procurar respostas diferentes perante os mesmos estímulos é uma grande parte do que nós fazemos. Estamos, portanto, a estimular aquele bocadinho do cérebro.

José Figueira disse...

Obrigado pela reacção Ricardo.
Há uma série de coisas que se podem dizer sobre isto. Vão reagindo e eu irei também dando comentários.
1. Parece-me que o artigo é mais sensacionalismo que outra coisa!
2. O estudo envolveu (só) 47 pessoas e é baseado no reconhecimento duma letra diferente em que 80% é a mesma letra. Ora o que se faz no artigo é o que em PNL se chama uma “generalização”.
3. O que se investiga é o que nós chamamos o perfil psicológico “match” (vê as semelhanças) e ”mismatch” (dá atenção às diferenças). Em PNL olhamos para as percentagens, todos temos algo dum e doutro. No caso duma grande percentagem dum ou doutro dizemos então que tanto um como o outro perdem muita informação (o “match” não tem olho para as diferenças, o “mismatch” não distingue as semelhanças).
4. Ser de “esquerda” ou “direita” são deformações linguísticas que em PNL analisamos com a ajuda do “Meta-Modelo”.
5. Que tudo o que sabemos, pensamos, acreditamos, sentimos, está também no cérebro, é um dos princípios básicos em PNL. Ao ser localizada esta região no cérebro, se isso é verdade, aumenta o arsenal de intervenções que permitem transformações.

Por agora fico por aqui.

Anónimo disse...

Assim como conhecemos pessoas de “direita” brilhantes com possivelmente uma actividade mental genial, também certamente conhecemos pessoas de “esquerda” que poderiam muito bem activar o “córtex cingulado anterior”.

Algumas técnicas em PNL que facilitam isso:

- Meta-modelo (já falado)
- Transformação da fisiologia (postura, movimentos, respiração, direcção do olhar...)
- Mapping across (transformação de sub-modalidades)
- Posições perceptivas (enquadramentos, reenquadramentos)
- Terapias da linha do tempo (neutralização de traumas e outras “imperfeições” do passado)

carla afonso disse...

Concordo totalmente com o perigo que representam as generalizações.

Já as usei demasiado! Só funcionaram... às vezes.

Actualmente, todos os dias me surpreendo com as respostas (para mim, anteriormente) improváveis e com as reacções (mais uma vez, só para a Carla de outros tempos) inesperadas de quem passei a querer "ouvir" cada vez melhor.

Acho que é verdade que temos grandes tendências. Mas acredito que isso tem apenas e só a ver com o facto de nos "especializarmos", sem nos darmos conta disso, em determinadas formas de ver o mundo.
Vejo-as mudar, às tendências. Em mim e em alguns daqueles que me rodeiam.

Acho que o ser humano, de uma maneira geral, precisa de se parametrizar em grupos disto e daquilo para se perceber melhor. Ou pelo menos para ter a sensação de que se conhece melhor. Nesse processo perde imensa informação e cristaliza-se em comportamentos.

Abramos pois os braços a outras formas de estar, de ver, de dizer... até mesmo de respirar. Pode ser que acabemos por ficar tão de "esquerda" quanto de "direita". E isso, sim, parece-me um desafio aliciante.

José Figueira disse...

O que o Anónimo disse é formidável. Vejo-o, ouço, sinto-o comprovado:

- Assim como conhecemos pessoas de “direita” brilhantes com possivelmente uma actividade mental genial, também certamente conhecemos pessoas de “esquerda” que poderiam muito bem activar o “córtex cingulado anterior”.


Ponto final?

São preciso exemplos???