terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Poesia Que Mexe,


NUM SÓ MOMENTO,

O amor no poema,
Dedo por dedo em abraço por abraço,
Situação da Paixão,
Transformação essencial do momento em caso brilhante,
Numa cópia para a totalidade na percepção,
Sempre uma mulher num homem muito bom,
Naqueles sapatos na roupa de gestos,
Inspirados na voz da expiração,
Por pausas inocentes,
Numa visão do tempo,
Em movimento de mão dada com Deus,
A olhar.

Henrique.

1 comentário:

José Figueira disse...

O Henrique tem o condão de espicaçar,
produz mesmo a poesia que mexe
aquela que nem sei o que sai mas sei que deve sair.
É o Amor no Poema, aquele significado dos significados
aquele perturbante designio
aquele significado
em que a situação é Paixão.

E como se faz isso?
E como se chega lá?

Naqueles sapatos na roupas de gestos
está o designio
o tempo sem tempo,
o espaço sem espaço.

Como se encontra então a pausa inocente
na visão do tempo?

Em movimento
nas mãos dadas...

E como se chega lá?
No tempo presente...

Parece-me que o melhor é acabar o poema,
fechar o rolo onde está escrita a nossa história do passado,
fechar o rolo do futuro.
E olhar,
só então se pode olhar...
só então só pode passar a porta da vida
de mão dada com Deus...

Mas como se chega lá?

Olhar
uma cópia para a totalidade da percepção...
o olhar infinito no presente
de mãos dadas,
dedo por dedo em abraço por abraço,
entrar então na SITUAÇÃO!

Obrigado Henrique,
envia-nos dicas
para passar do poema à acção.
Realizar a VISÃO.