NÃO SEl QUEM SOU, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros).
Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um caráter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenha.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas, uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore [?] e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.
Fernando Pessoa
"Partes" do indivíduo, o trabalho com sub-personalidades, é um dos temas mais usuais no trabalho com Programação NeuroLinguística. O que cantou Pessoa é talvez um dos temas mais básicos, fundamentais e ao mesmo tempo de maior impacto na vida e, talvez por isso, pela importância do tema nas nossas vidas, ocupa em PNL um lugar central.
A PNL tem modelos que nos ajudam a compreender de maneira fácil estas multi-personalidades e oferece um conjunto de técnicas clássicas (simples !) direccionadas para a unificação, como por exemplo o "Visual Squasch", o "Reenquadramento em 6 Passos" e a "Tranformação Essencial".
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