A todos os meus amigos presentes ou transientes, com os quais tive a graça de ser companheiro de alguma jornada, dedico um texto do poeta japonês Matuso Bashô (mais conhecido pelos seus clássicos Haiku).
Os meses e os dias são viajantes da eternidade. Assim como o ano que passa e o ano que vem. Para aqueles que se deixam flutuar a bordo dos barcos ou envelhecem conduzindo cavalos, todos os dias são viagem e a sua casa é o espaço sem fim. Dos homens do passado, muitos morreram em plena rota. A mim mesmo, desde há anos, me perseguem pensamentos de vagabundo mal vejo uma nuvem arrastada pelo vento.
E ainda, como bónus, um dos Haiku da colectânea “O gosto solitário do Orvalho”
As mãos no lume
...e na parede
A sombra do meu amigo
Votos de um ano mais que seja mais do que mais um ano...
A.C.Baltazar
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