terça-feira, 1 de abril de 2008

PNL e divórcio (directivas para coaching e terapia)

(a metodologia seguinte é destinada a Masters - pelo menos practitioners bem diplomados - e conhecedores do Panorama Social)


De vez em quando recebo perguntas curiosas no meu e-mail. A última, recebi-a da M.J.:
- "Como é que a PNL pode ajudar os indivíduos pós-divórcio?"

Confesso que à primeira vista não sabia o que fazer com tal pergunta. Pedi esclarecimento sobre a espécie de problemas com que as pessoas se podem deparar. Parece que há muito estudo sobre isso e que já estão mesmo definidas as 7 fases do divórcio:

1. desilusão; 2. erosão; 3. separação; 4. separação física; 5. "luto"; 6. uma vida nova; 7. ajustes saudáveis.

Pensando bem, isto não é nada de especial, pois todos nós duma ou doutra forma já tivemos experiências de separação amorosa.
Ora a PNL parece ser mesmo uma metodologia altamente funcional, na medida em que rapidamente se pode desenvolver uma aplicação para uma área particular. Depois do meu primeiro período de dúvida, foi-me muito fácil estabelecer um programa geral que pode ser aplicado a qualquer caso particular de clientes ex-divorciados.


Alguns pontos-chave para intervenção em coach e terapia de que me lembrei:

1. PNL intervém com um dos partners, o que pede ajuda. Em primeiro lugar temos que pôr o/a cliente do lado da causa. Isto não tem nada a ver com a atribuição de culpas, tem a ver com o princípio de que tudo o que aconteceu e tudo o que venha a acontecer, passa-se na mente da pessoa em questão e não tem nada a ver com o “ex” ou a “ex”.

2. Se o/a cliente não estiver em estado disso e atire ainda a culpa para o outro, pode utilizar-se o “teatro da vingança”: - dê visualmente uma sova tremenda no ex-partner, mas tão tremenda, tão tremenda, que atinja mesmo o ponto de ter muita pena dele ou dela.

3. Possivelmente que o/a cliente se encontra agora já em estado de se dissociar: é o momento de reenquadrar a situação, fazer o inventário do que aprendeu de positivo deste casamento e do que pode empregar no futuro.

4. O problema só existe enquanto o ex-partner se encontra no panorama mental do cliente dentro da zona de intimidade (o círculo mental à volta da pessoa, em que o extremo do círculo é a ponta dos dedos com os braços abertos). Há que tirar o ex-partner do círculo de intimidade para se poder criar um espaço aberto livre para a realização dum novo futuro.

5. Desloque pura e simplesmente o ex-partner do círculo íntimo e coloque-o mentalmente num local dentro do panorama mental do/da cliente em que este/a se sinta livre e confortável.

6. Se ele ou ela, o ex-prtner, não quiser sair de lá, não tem nada a ver com o ex-partner, mas com o cliente. Porque é que o cliente não o/a deixa partir? O que é que falta ao cliente que o ex-partner estava preenchendo? Aqui é absolutamente necessário encontrar o recurso que falta ao cliente e instalá-lo.

7. É muito possível que até seja necessário que o cliente dê mentalmente recursos ao ex-partner para que este possa partir.

8. Talvez seja útil criar um ritual com o fim de efectuar a despedida da “parte” dentro do cliente que representa o ex-partner. As técnicas da Huna são de topo para este fim.

9. No caso de traumas durante o casamento, há que dar aqui muita atenção. É conveniente, imprescindível, um “reimprint”, claro.

10. Pode muito bem acontecer que estejam emoções em jogo que têm a ver com a infância do cliente. Para isso, há que proceder à transformação da história pessoal utilizando a Terapia da Linha do Tempo.

11. Faça um controlo definitivo sobre o círculo de intimidade. Está mesmo limpo?

12. Para preparar o futuro faça um inventário final de tudo o que o cliente aprendeu, faça uma investigação de "valores" em relações amorosas e uma análise dos Meta-programas do cliente.

Fico à espera do feedback dos nossos profissionais!

1 comentário:

Anónimo disse...

José, um grande obrigada (por tudo!) Beijinhos