Certo dia, uma jovem mulher, muito bonita e particularmente inteligente, procurou um homem tido por muito sábio. Antes que ela lhe pudesse dizer qualquer coisa, ele começou a falar...
Ele disse:
“Eu sei porque está aqui... há algo que você quer mudar, não é verdade?.... existe algo em si que pede para ser revelado... sim, eu sei disso, sinto-o...trata-se de uma força muito intensa, um poder que se quer libertar... muitas pessoas sentem-se assim, e eu próprio já o senti... e Você, Que Aqui Está, Sente-a Neste Preciso Momento, essa força misteriosa... Como seria se essa força se revelasse agora mesmo? Seria bom, certamente. Novas experiências surgiriam, o mundo pareceria um local diferente, talvez mais amplo, mais luminoso, cheio de escolhas e recursos...Diga-me... Consegue imaginar como se sentiria?
Aquela pergunta: “Consegue imaginar...?” ecoou na mente da jovem, bonita, e particularmente inteligente mulher por uns minutos, durante os quais ela foi transportada para uma outra realidade, uma outra vida. Regressando do seu transe, e voltando-se directamente para o homem, perguntou-lhe então:
“O quê exactamente sabe que eu quero mudar? E como sabe disso? O que há em mim que pede para ser revelado? E como sabe que esse algo existe? Diz que sente? O que sente exactamente? Quão intensa é essa força? Como sabe que é intensa? A que muitas pessoas se refere? Como sabe que seria bom que esse algo se revelasse neste momento? Que novas experiências surgiriam exactamente? Porque diz que o mundo pareceria mais amplo e luminoso? A que escolhas se refere? Pode especificar que recursos seriam esses? E já agora diga-me lá...PARA QUE me pergunta se consigo imaginar o que sentiria??
E o homem Sábio, com um brilho intenso nos olhos, limitou-se a sorrir e a fazer o seguinte comentário...
“A menina já fez um curso de PNL!”
3 comentários:
:D
Com PNL já não cai na cantiga do vigário tão facilmente! Só por isso vale a pena.
Obrigado pelo comentário Kohinoor :)
Na verdade, há ainda outra coisa na mensagem...a frase do"sábio" é, na verdade, uma amostra de um dos padrões de linguagem modelados pela PNL - a linguagem Milton - muito utilizada ( e incrivelmente eficaz) para criar transes terapêuticos. Esta linguagem é caracterizada, entre outras coisas, pela sua imprecisão e abrangência, permitindo ao inconsciente preencher as lacunas. A linguagem utilizada pela mulher é um exemplo do meta-modelo, outro dos padrões modelados pela PNL, cuja característica mais visível é a sua busca pela precisão e detalhe, no sentido de explorar determinadas concepções limitadoras do mundo, e perceber que, afinal, não são assim tão limitadoras. A ideia aqui é confrontar os dois, uma vez que eles parecem, à primeira vista, antagónicos, mas são, na verdade, complementares.
Um abraço!
Ricardo
Obrigado Ricardo pela mensagem! Não tinha visto a história sob esse prisma. De facto os dois padrões de linguagem são complementares, e só tendo flexibilidade entre ambas consegue expandir os limites!
:)
Abraço
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