segunda-feira, 25 de maio de 2009

Agir sobre o nosso destino


Todos temos um destino. Andamos sempre de um sítio para outro e a chegar a múltiplos destinos. E, no entanto, bem no fundo de nós consideramos ou sentimos a necessidade de realizar um destino especial (Missão). Esse chamamento é traduzido às vezes no quotidiano por sucessos e insucessos. São talvez estes resultados que nos levam à descoberta do que se torna cada vez mais importante na nossa vida. Claro que é preciso tornar-se cada vez mais consciente de todos os eventos que criamos conjuntamente com os seus resultados e as nossas sensações internas. Relacionar o que vejo, o que faço e o que sinto pode ser a melhor forma de encontrar o “caminho” da minha realização pessoal ligada seguramente ao meu "destino".
Por vezes sentimo-nos mais espectadores da nossa vida do que actores e adquirimos uma noção vaga sobre o nosso destino, como se este fosse inevitável, sobretudo quando os resultados não são os desejados. Então pode começar o processo de viver a nossa vida à defensiva assumindo uma estratégia de fuga à dor. Hoje, e ainda mais em tempo de crise, dedicamos a maior parte do tempo a proteger-nos. Queremos a felicidade, mas sem sofrimento, queremos viver intensamente mas sem arriscar nada, Isto tem consequências sobre a qualidade da nossa vida: a nossa frequência vibratória é fraca, e naturalmente sentimo-nos pouco vivos.
Todos aspiramos tomar as rédeas do nosso destino, criamos objectivos de realização pessoal. Mas não seremos demasiado ambiciosos nesta demanda?

3 comentários:

Isabel Perry disse...

Curiosa, a sua pergunta.
Também a faço muitas vezes a mim própria.
Deve ser muito bom...SER....simplesmente SER...

Quem me dera um dia não precisar mais de viajar à procura do Mar e contentar-me com o meu Mar, lá ao fundo da minha Avenida...
Quem me dera não precisar de fazer mais as malas para alcançar Florestas e conseguir contentar-me com as simples e belas Árvores da minha Rua..
Quem me dera encontrar TUDO aquilo que me faz falta dentro de mim, simplesmente SENDO quem SOU.

Um dia talvez.

Eu ainda não sei responder à pergunta que aqui deixou.
Um dia talvez.

José Figueira disse...

DIVAGAÇÕES

Somos é se calhar pouco ambiciosos.

Queremos a felicidade e esquecemos que a (promessa de) felicidade (pessoas e coisas) se compra na sociedade de consumo. E continuamos a comprar novas promessas para calar o vazio e o diálogo interno.

Esquecemos a plenitude. Ou desistimos de a ambicionar.

Esquecemos também que muitas vezes o que fazemos é fugir à dor e a maior parte das vezes formulamos o que imaginamos ser o nosso destino de forma aparentemente positiva – queremos prazer quando afinal, lá por detrás, estamos a fuga à dor.
Esquecemos que o paradoxo é que a fuga à dor só pode produzir mais dor.

Somos muito pouco espectadores: associamo-nos com os nossos pensamentos, as sensações, as promessas do mundo e depois queixamo-nos das consequências em forma de sofrimento.
Não tem importância se julgamos que o que nos faz feliz é o Mar distante, ou a Árvore ao pé da porta. Distantes ou ao pé da porta contribuem para o mesmo mecanismo do esquecimento.

Esquecemos que é tudo ego, é a nossa história, as nossas convicções, valores, recordações, personalidade, emoções e sobretudo, linguagem…
PNL estuda a estrutura do ego e as leis que o regem. Com o conhecimento dessas leis surgiram e continuam a surgir ferramentas para realizar objectivos que nos façam aparentemente mais felizes. E a PNL na sua forma mais radical ajuda-nos, mostra-nos o truque: é tudo imaginação.

Ora o ser humano parece ter uma capacidade extraordinária, dizem os entendidos em coisas iluminadas – vivenciar algo mais real, o aqui e agora, a plenitude. O segredo para chegar lá? Perceber o truque do ego, o seu movimento na história, a sua “associação” com ele mesmo e com as suas maquinações internas e produtos externos. Perceber a sua própria fusão com ele-mesmo e com as coisas.

O problema? É que o ego faz tudo para fazer o Observador esquecer que está a observar. Que eu saiba há muito iluminado a ensinar como se treina a observação, mas não conheço ninguém que nos ensinasse ainda a técnica que nos leva a lembrarmo-nos 24 horas por dia que somos Observadores sem nos fundirmos com o observado.

Isabel Perry disse...

Para mim foi muito útil tomar consciência - aprender e apreender - a teoria do "Ego Observador" e do "Ego exterior/Ego grosseiro".
Isto são palavras minhas para tentar explicar-me! :)

O Eckhart Tolle fala mt bem disto tudo no livro "Um Mundo Novo".

Realmente deu-me mais capacidade de gerir o meu diálogo interior - Paz.
De resto....teorias milagrosas há muitas, mas levá-las à prática constantemente...hummmm...não sei não.

Eu não acredito pura e simplesmente que haja Pessoas capazes de fazer isto em toda a linha a tempo-inteiro! Podemos é ir treinando e melhorando, ou seja, adquirir uma Vida com mais qualidade e Saúde.

O Ser Humano é estranho e complicado...
"Abençoados os Simples"!