A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beira do ninho.
O seu coração acelerou com emoções conflituosas, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes empurrões. Porquê a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? - Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Em baixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a completar-se, restava ainda uma tarefa final, o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo acto de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe, se não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
Um abraço a todos e boa semana
AC
2 comentários:
Vamos a esse empurrão, José Figueira!
Confio em si para o Master!
Já que ninguém me empurra quero ver se consigo eu próprio dar-me o empurrão misericordioso...
Um abraço!
MM
Lindo e verdade:)
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