sábado, 27 de novembro de 2010

Do capítulo: “Que terapia é esta?”

Se é pessoa de certo pudor, pode ser melhor não ler esta história:

Um homem sofre de encoprose (em bom português: caga-se todo). Vai a uma consulta e o médico, depois de o examinar e investigar, não encontra nenhum motivo físico que explique o seu problema. Então sugere-lhe que vá a uma consulta de psicoterapia.

O primeiro final, em que o terapeuta consultado é um psicanalista ortodoxo:
Passados cinco anos, o homem encontra-se com um amigo.
- Olá! Que tal vai a terapia?
- Fantástica! – responde o homem, eufórico.
- Já não te cagas todo?
- Olha, cagar ainda cago, mas agora já sei porquê!

Segundo final, em que o terapeuta consultado é um behaviorista:
- Passados cinco dias, o homem encontra-se com um amigo.
-Olá! Que tal vai a terapia?
- Genial! – responde o homem eufórico.
- Já não te cagas todo?
- Olha, cagar ainda cago, mas agora uso cuecas de plástico!

Terceiro final, em que o terapeuta consultado é gestáltico:
Passados cinco meses, o homem encontra-se com um amigo.
- Olá! Que tal vai a terapia?
- Maravilhosa! – responde o homem, eufórico.
- Já não te cagas todo?
- Olha, cagar ainda cago, mas agora estou-me nas tintas!


“Deixa-me que te conte os contos que me ensinaram a viver”, Jorge Bucay, Pergaminho.
(um livro interessantíssimo para quem se interessa por metáforas terapêuticas com as respectivas características isomórficas)

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