No intuito de evitar que a terapia se tornasse um caso frustrante e sem fim, Bandler e Grinder (1979) e Camron Bandler (1985) enfatizaram a importância de formular previamente os objectivos da terapia. Este é um hábito proveniente da terapia comportamental.
Os terapeutas focados na solução fazem a chamada “pergunta do milagre” para obter um objectivo terapêutico: “Imagine-se acordar amanhã com o seu problema já resolvido. Que diferença perceberia?" Ou “Imagine ter encontrado um mágico capaz de fazer aparecer uma solução. O que lhe pediria?” Em resumo: “Como quer que a solução seja?”
Prestar atenção ao objectivo desejado, é útil para guiar a terapia (do panorama familiar) na direcção certa. Ter os objectivos como referência torna muito mais fácil descobrir qual a configuração de personificações que está a bloquear o cliente.
Bandler e Grinder (1979) sugerem algumas condições a que, em suas opiniões, os objectivos devem obedecer, para serem funcionais (Derks e Hollander, 1996a):
1. O objectivo deve ser formulado em termos positivos (sem negações na forma como é expresso);
2. Deve estar no âmbito do controle pessoal do cliente;
3. Deve haver uma prova clara e sensorial para informar ao cliente quando ele alcançou o objectivo;
4. O contexto no qual o objectivo será realizado deve ser descrito com clareza;
5. Não deve haver quaisquer objecções em relação a alcançar o objectivo.
“Panorama Social, Dinâmica interior dos Relacionamentos Humanos”, Lucas Derks, editora idph, Brasil, pag.256/7
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