segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As aparentes dificuldades da “modelagem” em PNL

A primeira condição: Se se não gosta de fazer uma “modelagem”, ela nunca resulta. (É como tudo na vida!). Mas se se está interessado em aprender algo em especial e, se se conhece alguém que se admira e que possui essa capacidade: - então a modelagem está praticamente feita. Já está feita na verdade!
A dificuldade aparente dos cursistas do Master Practitioner reside, penso eu, em não se ter percebido a simplicidade da modelagem. É esta mensagem que tento passar e, até agora, não tenho conseguido totalmente.

Porque é que, nestas circunstâncias (interesse numa competência e admiração pela pessoa que a possui), a modelagem já está feita? Porque é isto que nós fazemos na vida! (simplesmente modelamos é muito que, se calhar, não devíamos modelar!) A modelagem é coisa comum, e pelas coisas comuns, não damos por isso.
Se queremos aprender algo e conhecemos uma pessoa que possui o que queremos e a admiramos, inconscientemente pomo-nos a fazer como ela! É isso a modelagem. As crianças não fazem outra coisa.

No projecto oficial de modelagem no Master Practitioner, o que fazemos é detalhar o processo conscientemente. É tudo. Empregamos para isso as estruturas e ferramentas da PNL. Fazemo-lo primeiro, o mais importante, intuitivamente (inside modeling, 2ª posição para entrar no outro e 3ª posição para a consciencialização) e depois analiticamente (outside modeling), utilizando pois todas as ferramentas clássicas da PNL. Se resolvermos o que queremos com o inside modeling, então o outside pode até nem ser necessário.

Diz-se que a modelagem é a base da PNL. Na verdade não há comunicação, rapport, aprendizagem, auto-conhecimento, sem modelagem. Sem ela, não existiríamos como somos hoje. PNL fornece as categorias conceptuais (por exemplo, as componentes nos diferentes níveis neurológicos de comunicação) que nos permitem tornar o processo consciente.

No projecto oficial de modelagem no Master, acabamos com um relatório. Este é uma espécie de artigo que poderia muito bem ser (idealmente) uma obra de carácter "científico" contribuindo mundialmente, entre os colegas pnlianos, para o desenvolvimento da disciplina PNL (!)

É sempre o mesmo, das coisas mais simples fazemos um bicho-de-sete-cabeças. É esta simplicidade que, até agora, não tenho conseguido clarificar. Seguem-se, o que acho, são passos básicos na modelagem:

1º - Faça de conta que é o outro
2º - Quando sentir que o comportamento e sensação desejada se aproxima o suficiente do que faz e sente o outro, em princípio, a modelagem está concluída. É tudo. Isto é suficiente para o dia-a-dia.
3º - Subamos agora a um nível superior na modelagem: faça um apanhado geral do que aprendeu intuitivamente (comportamento do outro, habilidades, crenças, valores, programas psicológicos, auto-imagem, possíveis situações marcantes na vida, missão no mundo…) Pergunte-se o que é essencial nisto para poder manifestar a competência? O que tem a pessoa modelada que você julgava que não tinha? O que fez, passo a passo, para manifestar, na medida que acha suficiente, a competência?
4º - Quer elevar o nível da modelagem ainda mais, testar, fundamentá-la melhor, aperfeiçoá-la, profissionalizar o trabalho? Aplique à pessoa modelada todas as técnicas formais da PNL (observação fisiologia, linguagem não verbal, padrões linguísticos, posições perceptivas, orientação temporal, nível neurológico de funcionamento, sistemas representacionais de preferência, sub-modalidades sensoriais, estratégia mental, crenças e crenças atrás de crenças, valores, metáforas, dilemas, programas psicológicos, etc.).
5º - Codifique, compare com outras pessoas, tire a palha, extraia o essencial, experimente em si, experimente noutros, fabrique uma técnica, aplique-a a si e ensine-a.

Se começar pelo ponto 4, arranja um problema – é como em certas formas na psicanálise, pode levar anos! Se fizer o ponto 1, chega lá imediatamente. A razão? É tarefa demasiadamente grande para a mente consciente. Os neurónios de espelhamento, entre outras possibilidades do nosso cérebro, tornam a tarefa fácil. Usamo-los a todo o momento. A dificuldade? As pessoas não acreditam nas capacidades da nossa mente inconsciente e querem chegar à informação de forma racional e ter tudo sob controlo. Segredo na modelagem: Largue o controlo e faça de conta. Então, e só depois, pode encontrar a harmonia entre a mente consciente e inconsciente.

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