sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Propósito de Modelagem

Recebo diariamente dezenas de anúncios, histórias, charadas, pensamentos, perguntas, dicas, protestos… a maior parte envio para a reciclagem. Mas hoje recebi de R.A. uma publicação que, por tão provocativa (a terapia provocativa faz parte, apesar de não muito mencionada, das raízes da PNL), me parece interessante publicar:

Saiu numa edição do Financial Times

Uma jovem mulher enviou um e-mail para o jornal a pedir dicas sobre “como arranjar um marido rico”. Contudo, mais inacreditável que o “pedido” da rapariga, foi a resposta do editor do jornal que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.

E-mail da rapariga:
“Sou uma rapariga linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Quero casar-me com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Há algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não me vão permitir morar em Central Park West. Conheço uma mulher (do meu grupo de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem inteligente. Então, o que é que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correcta? Como chego ao nível dela?”
(Raphaella S.)

(Quer conhecer a resposta e comentários? Clique em “Comentários”.
E qualquer novo comentário é bem vindo! Este é um blogue que se propõe romper rotinas e alargar perspectivas.)

3 comentários:

José Figueira disse...

Resposta do editor do jornal:

“Li a sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano.
Portanto, não estou a tomar o seu tempo à toa... Posto isto, considero os factos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que procura), o que oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê: deixando o convencionalismo de lado, o que sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com a beleza física e eu entro com o dinheiro. Mas há um problema. Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará a aumentar. Assim, em termos económicos, você é um activo que sofre depreciação e eu sou um activo que rende dividendos. Você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre a aumentar! Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando se comparar com uma fotografia de hoje, verá que se transformou num caco. Isto é, hoje você está em ‘alta’, na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando a terminologia de Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como ‘trading position’ (posição para comercializar) e não como ‘buy and hold’ (comprar e manter), que é para o que você se oferece... Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um ‘buy and hold’) consigo não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a ponderar é,
namorar. Sem ponderar... Mas, já a ponderar e, para me certificar do quão ‘articulada, com classe e maravilhosamente linda’ você é, eu, na
condição de provável futuro locatário dessa ’máquina’, quero tão-somente o que é de praxe: fazer um ‘test drive’ antes de fechar o negócio... podemos marcar?”

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)

José Figueira disse...

Uma reacção
Olé, olé!!!
Caro e querido amigo !!! Muito boa a história que enviaste ....
Reflecti um pouco sobre ela, pois tenho andado a trabalhar também o exercício de modelagem. Enfim, eu diria que a história é mesmo uma história da vida real, para lá de machista e materialista , uma relação assente em pilares condenados a cair, se os envolvidos quiserem crescer. Desigualdade, jogos de poder , alto nível de manipulação que opá, eu cá não queria casar assim... Contorci-me toda a lê –la, mas sim sem julgamentos.
Haja liberdade...cada um no seu processo.

O que é que a amiga do yoga fez que eu não fiz?
Não acredito que se tenha apresentado, assim certamente (com uma auto-imagem tão baixa).
Deve ter preparado o ambiente e devia saber com certeza qual o seu verdadeiro valor, os recursos que tinha para além de ser muito linda.... deve ter também criado muito aura de mistério para reforçar o poder próprio.
Homens com muito dinheiro é porque ou têm muito pouco afecto (tipo A) ou têm todo o afecto que querem(tipo B)
(Energias que estão “guardadas” e disponíveis no mesmo” saco”).
Quando têm muito pouco afecto precisam mulher para projectar a área da emotividade, mas não têm consciência disso, assim a miúda tem algumas hipótese de dar afecto e receber dinheiro, jogando com o inconsciente do homem.
Quando têm acesso ao dinheiro e à sua parte emotiva , são homens poderosos, não precisam da mulher para aceder a essa área de si.
E querem uma mulher livre para partilhar a vida, deste tipo B , é ave rara, e a rapariga não tem hipotese.
Portando o que ela quer é um homem com dinheiro e não individuado, tipo a

Qual a estratégia correcta? Como chego ao nível dela
A estratégia correcta para atingir o que ela quer.
Lançar a isca e depois jogar o jogo difícil e subtil do poderoso por trás do poder.
Tendo sempre em foco o seu poder, se não é aniquilada.
1º Saber se o homem é tipo B
2º Ter foco seu valor próprio
3º Dar o que falta ao outro (amor próprio)
4ºNão desistir...insistir, insistir, insistir...
5º uma vez conquistado saber bem o que dá e o que recebe e não cortar

Eu diria observa as fêmeas no mundo natural , são elas que escolhem os machos.

Um grande beijinho saudades !!! Temos que combinar um café !!!
Até breve, beijinho !!!

M…

Mário João Russo disse...

Simplesmente delicioso.
A estratégia correcta é outra coisa...
De momento nem me atrevo a debruçar-me sobre o assunto.
Mário João Russo