sexta-feira, 30 de setembro de 2011

REVISTA PNL-PORTUGAL (OUTUBRO)


PNL-Portugal (José Figueira)
Associado ao Instituto Holandês NTI NLP (ligado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology), obedece aos critérios da ABNLP
Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de trainers de PNL
Autorizado pela Associação Holandesa de PNL a credenciar Practitioners, Masters e Trainers
Ligado ao Panorama Social (International Laboratory for Mental Space Research)
Alumni da Universidade de Amesterdão, secção, ciências sociais, ciência da mudança, "andragologia"





REVISTA MENSAL, 10-2011 Outubro
TEMA DO MÊS: SOBRE PNL E COACHING



Num momento em que o mercado é invadido por ofertas de formação em coaching, muitas pessoas interrogam-se sobre a relação PNL e coaching e sobre o valor e qualidade das formações. Muita gente espanta-se também com as diferenças em duração e preços e uma óptima pergunta é a que é feita sobre o valor das certificações. O que se segue, certamente não dará resposta a estas questões pertinentes. Encontrar-se-ão apenas algumas considerações pessoais sobre o assunto. Interessante seria se pessoas implicadas em coaching aproveitassem para reagir a esta publicação na forma de "comentários" pessoais.



CONTEÚDO

O GRANDE SEGREDO EM COACHING
O MAIOR DOS PRESSUPOSTOS
COACHING PARA TODA A GENTE
OBJECTIVOS NO COACHING
METÁFORA
TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA
O PROCESSO RELACIONAL
AS FERRAMENTAS DA PNL
CERTIFICAÇÃO DE COACHING COM PNL
O CONCEITO DE COACHING COM PNL
OS NOSSOS CURSOS DE PNL EM PORTUGAL
INFORMAÇÃO E INSCRIÇÕES
OUTRAS LINKS E CONTACTOS


O GRANDE SEGREDO EM COACHING

Independentemente da metodologia empregue, o sucesso de uma intervenção está directamente ligado ao estado emocional interno do coach, o responsável pela intervenção. Isto significa que, essencial em coaching, e também em qualquer relação de acompanhamento ou ajuda, o estado emocional funcional para a situação é o responsável directo pela ajuda, pelos resultados obtidos e pela transformação do outro. O chamado em PNL "estado emocional de recursos" deveria, por isso, estar central em qualquer curso. Ora isso significa que os processos pessoais de "autodescoberta e crescimento pessoal" são o honesto pilar à volta do qual qualquer formação gira.


O MAIOR DOS PRESSUPOSTOS


Se há uma convicção básica, essencial para os "salvadores", seja dentro da disciplina específica do coaching, seja em PNL, seja para os facilitadores de constelações, psicólogos clínicos, ou para quaisquer intervenções de inspiração new age ou não, uma convicção que pode, no meu entender, servir de fundamento para o suporte, respeito, estabilização e crescimento de um cliente, é esta:
- as pessoas têm já dentro de si todos os recursos para entrar em movimento na direcção da realização dos seus próprios objectivos.
O cliente faz o trabalho. Sabe fazê-lo. É capaz de o fazer.


COACHING PARA TODA A GENTE

Tal como no Brasil há pátios de candomblé em cada beco, o coaching é oferecido agora, por toda a parte e de forma variada, cada vez que abrimos o computador. Estamos a caminho, penso eu, de um salto qualitativo nas relações humanas. Há anos que tenho vindo a chamar a atenção para duas formas de comunicação: a "conversa de café" e a "conversa de coaching". Na "conversa de café", que pode ser muito aprazível, significativa e afectuosa, choramos juntos as "desgraças" do mundo. Um diz, por exemplo, que não tem trabalho e o outro diz que não há nada a fazer pois a culpa é da crise. Na "conversa de coaching" fazem-se, pelo contrário, perguntas que têm como fim ajudar o outro a tornar-se responsável pelo seu próprio destino e tomar nas mãos as rédeas da sua vida.
Que bom seria pois se toda a gente tirasse cursos de coaching! Há necessidade de ainda muito mais coaching, acessível às massas, a começar no jardim-de-infância:
Coaching para toda a gente!
Sinto que o Coaching não deveria, no meu entender, ser visto como uma profissão. Coaching é, como a PNL, uma maneira mais funcional de comunicar. O que conta é a felicidade interna, a qualidade das relações, o apoio mútuo na criação de uma vida mais significativa e a contribuição para um mundo melhor. Não troquemos o essencial por uma busca ilusória que possa vir a ser realizada através de certificados.


OBJECTIVOS NO COACHING

Claro que podemos fazer classificações sobre os diversos tipos de objectivos a conseguir com o coaching e caracterizar diversos tipos de coaching e intervenções.
Uma intervenção, em grandes linhas, seja ela qual for, não tem como fim realizar o significado da vida, obter sucesso e excelência e outras destas coisas denominadas em PNL como "nominalismos".
O que se pretende em coaching, no meu entender, tal como em PNL, é aprender como podemos sair de estados indesejáveis e criar estados funcionais que nos ajudem então a aproximarmo-nos cada vez mais dos nossos objectivos. Há que ter uma visão realista das coisas. Há tanta oferta e cada uma pode abrir o caminho para um próximo passo, mas parece-me irrealista oferecer um topo da montanha inatingível que nos não pertence.


METÁFORA

Há um cocheiro (coach) e uma carroça (o coche). Um viajante pode a qualquer momento tomar lugar na carroça e deixar-se conduzir a qualquer parte pelo cocheiro que tem o controlo sobre o trajecto e os cavalos e sabe levar o viajante ao seu destino.
Mas em qualquer momento o viajante pode sair da carroça, procurar outro cocheiro, até seguir o seu caminho sozinho,
O cocheiro está ao serviço do viajante. A sua única preocupação deve ser levar o viajante ao destino que este determinou. Mas o cocheiro também deve ter o sentido da sua própria responsabilidade e recusar o viajante que quer ser levado a um lugar que sente não ser ecológico para si. E também deve ser sério o suficiente para aconselhar o viajante a tomar lugar na carroça de um colega se essa carroça lhe parecer mais adequada ao destino do cliente.
Nada de novo. Afinal de contas, 24 horas por dia conduzimos a nossa própria carroça. E de manhã à noite, cada um de nós passa pelo papel de cocheiro e cliente. O coaching torna-nos mais conscientes do processo, o que nos facilita o poder de o influenciar positivamente.


TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA

O coachee encontra-se numa situação mais fragilizada, é influenciável, necessita afecto e segurança, vê e sente muitas vezes o coach como o pai ou a mãe. A isto é dado o nome de "transferência". Se, por um lado, esta situação pode facilitar o processo, pode também criar uma relação de dependência que é precisamente o oposto ao que se pretende no coaching.
O coach, por sua vez, é humano, e precisa ter passado pelos mesmos problemas na vida para poder estabelecer a ligação. Se não tiver resolvido suficientemente os seus próprios problemas pode, por assim dizer, "alimentar-se" da atenção, admiração do coachee. Dizemos então que o coach se encontra numa situação de "contra-transferência". Neste caso, numa relação aparentemente profissional, o coachee paga para o coach realizar os seus desejos infantis. Por isso mesmo parece-me essencial, repito-o aqui de novo, em qualquer curso, dar muita atenção aos processos pessoais e este processo de autoconhecimento e crescimento é a principal constante na vida de um coach.


O PROCESSO RELACIONAL

O coach profissional relaciona-se com o coachee na 2ª posição perceptiva, entrando, por assim dizer, na sua pele. Sente no seu corpo, na 1ª posição perceptiva, a questão do coachee, que foi, um dia, também a sua (ou, pelo menos, está consciente dela). Ele sente e percebe o outro e sente e percebe-se a si na 3ª posição e toda a sua experiência e os seus conhecimentos podem, em seguida, começar a fluir na forma de intuições.
Ele age ligado ao seu centro e há então, contacto. Dentro de si joga-se um processo entre "associação" e "dissociação". O caminho do coach no seu processo de autoconhecimento e crescimento, no que diz respeito a relações sociais, é o caminho de cada um de nós, da infância ao ser adulto: associado e dissociado. As grandes ciladas no processo do coach residem aí: na minha experiência tenho encontrado, sobretudo, muitos coachs perdidos no processo, associados, devido a ainda não terem resolvido os seus próprios problemas. Em alguns casos, que não são poucos, e o que é ainda mais grave para a relação, o coach não tem consciência dos seus próprios processos internos.


AS FERRAMENTAS DA PNL

Embora nos últimos anos se tenha desenvolvido toda uma metodologia que se autocaracterizou de coaching, desde a sua invenção, nos anos 70, que em PNL não se faz outra coisa. A história da PNL é a história do desenvolvimento de ferramentas para ajudar as pessoas a fazerem o trajecto de um Estado Actual para um Estado Desejado, partindo sempre do princípio que "todos temos os recursos dentro de nós" para nos pormos em movimento na direcção da realização dos nossos objectivos. Assim encontramos em PNL ferramentas para lidar directamente com as representações mentais, responsáveis pelos nossos estados emocionais e comportamentos; encontramos todo o processo essencial para qualquer intervenção - a criação do yes set; tomamos conhecimento com a  forma sistemática de fazer perguntas e que já vem dos anos 70 no seguimento da modelagem de Virginia Satir; conhecemos padrões linguísticos para influência máxima estudados a partir dos trabalhos de Milton Erickson; exercitamo-nos em flexibilidade e visão abrangente através da exploração de posições perceptivas; aprendemos sobre investigação e transformação de estratégias mentais; sobre investigação e transformação de valores e crenças limitadoras; possuímos técnicas específicas para transformação emocional da história pessoal para a tornar mais adequada na realização de objectivos pessoais; etc., etc., etc.
Importante salientar que em PNL não prometemos mundos e fundos, nem paraísos. Trata-se de aprender a lidar com o bom e o mau, a luz e a sombra, a alegria e a tristeza, a inquietação e a paz... Trata-se de aprender a sair de estados emocionais indesejáveis e criar estados mais funcionais.


CERTIFICAÇÃO DE COACHING COM PNL

Estou ligado pessoalmente ao centro Holandês de PNL (NTI NLP). O NTI NLP oferece certificação para profissionais de coaching (infelizmente só em Holandês). Para ser profissional de coaching é então necessário:
- certificação como practitioner (16 dias) e master-practitioner (18 dias, para além dos projectos de modelagem e avaliações)
- depois disso, um curso de 11 dias que se pode traduzir como "acompanhamento de pessoas"
- pelo menos um ano de prática com coachees
- cinco dias de supervisão e exames para certificação após uma avaliação sobre processos pessoais
Neste período de um ano é ainda normal as pessoas fazerem, entre outros, cursos com constelações sistémicas e trabalho de traumas.


O CONCEITO DE COACHING COM PNL

Claro que nunca nos poderemos cingir em coaching profissional com PNL a conhecimento da estrutura de uma intervenção, a intervenções com perguntas direccionadas à ajuda na realização de objectivos, criação de empatia,  um conhecimento sumário de âncoras e exploração superficial de valores, planos de acção ao nível do comportamento, etc. Seria mutilar a PNL. A Programação NeuroLinguística é, por excelência, uma metodologia com uma riqueza de técnicas que vão desde a formulação de objectivos, a estratégias de concretização, ajuda na neutralização de bloqueios, negociação com aspectos opostos da personalidade, reenquadramento de memórias na linha do tempo, etc. A crítica que internacionalmente é, por vezes, feita a muito coaching reside precisamente no escasso conhecimento do coach no emprego de técnicas de transformação.
No nosso curso de "acompanhamento de pessoas", na Holanda, que pode ser frequentado após certificação como master-practitioner e seguido, após um ano de prática, da certificação profissional em coaching, é dado: o programa básico normal sobre acompanhamento de pessoas e contrato, teoria e prática da terapia direccionada a soluções, sistémica e psicologia, análise transaccional, transferência e contra-transferência, trabalho com trance, aprofundamento das Linhas do Tempo visual e cinestésica, trauma e trabalho de corpo, contra-indicações.


OS NOSSOS CURSOS DE PNL EM PORTUGAL

O 31º curso para practitioners em PNL termina este fim-de-semana com avaliações da teoria e da prática e com apresentações de temas sobre aplicações da PNL.
Acabou há dois dias mais um trainerstraining com exames para o qual René Kuiper, Mastertrainer responsável pelos treinos de PNL no NTI NLP (Holanda) se deslocou a Portugal. Também teve lugar uma Masterclass facilitada por René Kuiper para os trainers portugueses formados por nós e associados ao NTI NLP, membros e não membros da secção portuguesa da Guilda de trainers de PNL.


O 32º Practitioner em 16 dias, dividido em 4 blocos, um bloco por mês, terá já início na próxima 4ª feira, dia 5 de Outubro, no Estoril.´
Também no Estoril, a 15 e 16 de Outubro, terá lugar uma iniciação à PNL em 2 dias
Para mais informação clique:
http://pnl-portugal.blogspot.com/p/agenda-de-actividade-pnl-portugal.html



INFORMAÇÃO E INSCRIÇÕES
descobrir.pnl@gmail.com, 965542777


OUTRAS LINKS E CONTACTOS
jose.figueira@pnl-portugal.com
00351 96 653 47 05


- Formação em drama, pedagogia do teatro e encenação, pela Escola de Altos Estudos de Teatro de Amesterdão.
- Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de Amesterdão.
- Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional do NTI-NLP, que obedece aos critérios da ABNLP (The American Board of Neuro- Linguistic Programming) e está associado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology
- Social Panorama Consultant, ligado ao "Social Panorama" (International Laboratory for Mental Space Research)
- Trabalhou em formação e reintegração social a cargo da Câmara Municipal de Amesterdão, dos Serviços Sociais e do Ministério do Trabalho na Holanda.
- Foi director de uma Escola de Formação do Centro Regional de Ofícios de Amesterdão (ROCA).
- Dá cursos de PNL associado ao NTI-NLP.
- É membro da Associação Holandesa da PNL (NVNLP reconhecida pela EANLP). O instituto PNL-José Figueira é reconhecido por essa Associação e está habilitado a certificar Practitioners, Masters e Trainers em PNL.
- Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de Trainers de PNL
- Membro do círculo Alumni de Andragologia da Universidade de Amesterdão

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mestre, diz-me:
- Como posso pintar um quadro perfeito?
- Sê perfeito e então simplesmente pinta, respondeu Buda

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um exemplo de "reenquadramenrto de significado" em PNL

Aquilo a que muitas pessoas chamam de "erro"
não passa simplesmente de uma ponte,
uma ponte de transição entre a inexperiência e a sabedoria.

Phyllis Theroux (enviado por Dagelijkse Gedachte, Holanda

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REVISTA PNL-PORTUGAL (Agosto/Setembro)

PNL-Portugal (José Figueira)
Associado ao Instituto Holandês NTI-NLP (ligado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology),
obedece aos critérios da ABNLP
Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de trainers de PNL
Autorizado pela Associação Holandesa de PNL a credenciar Practitioners, Masters e Trainers
Ligado ao Panorama Social (International Laboratory for Mental Space Research)
Alumni da Universidade de Amesterdão, secção, ciências sociais, ciência da mudança, "andragologia"
REVISTA MENSAL, 08/09-2011 Agosto/Setembro
TEMA DO MÊS: SOBRE PNL E LIBERDADE
Há dez anos que vimos, com sucesso, espalhando e desenvolvendo a Programação NeuroLinguística em Portugal. Pelo que sabemos, fomos os primeiros em Portugal a certificar com bases em critérios internacionais. Com a crescente oferta no mercado, e enquanto se preparam na Europa normas mais elevadas para certificação e controlo activo de qualidade aos institutos associados, sentimos, como sendo a nossa missão, mais do que nunca, participar no aprofundamento sério da PNL. É, neste quadro, que nos propusemos oferecer regularmente a nossa revista.




CONTEÚDO:
SOBRE A LIBERDADE
MODELOS SOBRE O FUNCIONAMENTO DA MENTE


O LIVRE ARBÍTRIO
AS DECISÕES
OS AUTOMATISMOS
OS NOSSOS MOTORES
A CRIATIVIDADE
AS INTERVENÇÕES
COM PNL
ACTIVIDADES
INSCRIÇÕES
LINKS E CONTACTOS





SOBRE A LIBERDADE

Em “Conversations – Freedeom is everything & love is all the rest”, Owen Fitzpatrick e Dr. Richard Bandler (co-fundador da PNL) lê-se o seguinte, traduzido livremente:

“Os terríveis monstros que existem neste mundo têm a forma de tristeza, ansiedade, raiva, ódio e desespero. Quando a gente os pode ver olhos nos olhos e sabemos que seremos bem-sucedidos, então é-se livre”.

A quantidade enorme de livros de auto-ajuda, os cursos crescentes de desenvolvimento pessoal, a variedade e crescimento na oferta de coah, mostram-nos as necessidades das pessoas e, ao mesmo tempo, que “ser livre” não é tarefa fácil.

Porquê? Porque construir uma ponte, uma linha de caminho-de-ferro, ou até mesmo uma viagem à lua, se se pode fazer de forma consciente e controlada utilizando meios lógicos e racionais, a transformação individual é de uma total outra natureza. Primeiro, não temos consciência do que se passa em nós e mesmo que tenhamos um vislumbre, não sabemos como lidar com isso. Vivemos muito na ilusão que nos podemos controlar ou, pelo menos, lidar connosco de forma racional. A questão é que quem manda em nós, não é a nossa mente racional. No fundo, o inconsciente, com a sua própria lógica, é rei.



MODELOS SOBRE O FUNCIONAMENTO DA MENTE

Há diversos modelos sobre o funcionamento da mente. O célebre modelo metafórico do icebergue de Mc Clelland mostra-nos as competências como a parte visível de um icebergue. As determinantes do nosso comportamento (auto-imagem, normas e valores, características psicológicas e motivos) são representadas como fazendo parte da grande massa por baixo da linha das águas.

O modelo mais corrente em PNL, o modelo de comunicação, mostra-nos o comportamento como resultado de processos inconscientes. Reagimos, não ao mundo mas à representação inconsciente do mundo exterior com base num processo de distorção, omissão e generalização da informação. Este processo é determinado, de forma inconsciente, por factores como a genética, valores e convicções, emoções ligadas às memórias, traços psicológicos e significados linguísticos.




Outro modelo amplamente empregue, geralmente apresentado na forma de uma pirâmide, é conhecido como os “níveis(neuro)lógicos de comunicação, atribuído a Robert Dilts, no seguimento dos trabalhos de Gregory Bateson. Divide a comunicação em uma parte visível (mundo exterior, comportamento e, até certo ponto, competências) e uma parte invisível determinante (valores e convicções, identidade e espiritualidade ou missão). A PNL actual, por vezes chamada de 3ª geração, trabalha em transformações de forma generativa (mudanças mais globais). No seguimento da atenção dada ao papel dos valores e das convicções nos anos 90, a PNL actual centra-se agora na identidade e na missão.  



O LIVRE ARBÍTRIO

A questão do “livre arbítrio” (poder fazer escolhas) é uma questão que tem ocupado pensadores e cientistas através dos tempos.

O “livre arbítrio” é, em parte, uma grande ilusão. Todos nós tomamos decisões, é certo. Mas fazemo-lo sempre dentro de quadros determinados hereditariamente, formação no útero, história pessoal e meio exterior. De livre arbítrio não deve restar grande coisa.

A maioria das pessoas não têm mesmo, possivelmente, nenhum livre arbítrio. O piloto automático determina as suas vidas e não têm a mínima consciência do que as move.

Em PNL estuda-se precisamente a nossa subjectividade e as suas possíveis leis, o que nos pode ajudar a viver de forma mais em harmonia com aquilo que somos. A terminologia do “sucesso”, “poder”, “controlo”, “atingir o que se quer” é, talvez, mais uma questão de publicidade comercial, parece-me, que algo fundamentado nos conhecimentos da psicologia e neurociência. Por isso evito nos meus artigos, ou nos meus cursos, os chavões publicitários de "sucesso" e "excelência" que, muitas vezes, são empregues para caracterizar esta metodologia. A "ciência e arte" da PNL oferece-nos sim, uma ferramenta formidável para auto-conhecimento e ajustamento do comportamento às nossas próprias leis naturais.

A metáfora que uso para caracterizar os meus cursos de PNL é: “a caminho do cerne, a partir do cerne”. Quer dizer, conhecermo-nos cada vez mais e agirmos em harmonia com esse onhecimento, ao encontro de um maior balanço interno e na relação com o mundo. Central está o conceito "ecologia".




 AS DECISÕES

Até que ponto temos consciência dos fundamentos das nossas decisões? Quem é, afinal, o dono das nossas decisões? E o que é uma decisão acertada?

Diz-se que a vida é feita de escolhas. Quem faz as escolhas? Certamente que somos nós. O que a maioria das pessoas possivelmente não percebe é que, de grande parte das nossas decisões, só nos apercebemos delas conscientemente, depois de o inconsciente já as ter tomado. Isto é algo difícil de aceitar para um grande número de pessoas. Damos demasiada importância ao papel da mente consciente nas nossas vidas.

A mente consciente lida com um número muito pequeno de variáveis, enquanto o inconsciente tem, talvez, capacidades ilimitadas. Já Freud dizia que utilizava a mente consciente para as decisões banais e deixava as grandes decisões na vida para uma parte mais profunda em nós.

Em PNL, estudamos e damos uma importância enorme aos processos da mente inconsciente.




 OS AUTOMATISMOS

Um psicólogo tinha um paciente com extremos problemas de memória. Em todas as consultas tinha lugar a mesma cerimónia de apresentação pessoal. Fez uma experiência que ficou célebre. Uma vez despediu-se escondendo na mão um pionés. No próximo encontro, sem ter a mínima consciência pela qual o fez, o paciente recusou-se a cumprimentar o psicólogo. A mão do psicólogo tornou-se um estímulo a evitar, passando a ser uma projecção imaginária do paciente.

O inconsciente é um repositório imenso de informação. Reagimos constantemente de forma automática a estímulos baseados em informação de que não temos a mínima consciência. Em PNL utilizamos estes processos nas técnicas de "ancoragem".


OS NOSSOS MOTORES

Julgamos que, conscientemente, temos valores pelos quais lutamos e dão significado às nossas vidas. “Liberdade”, por exemplo. Não temos a mínima consciência que, na maioria das vezes, o que nos move, não é própriamente o caminho da "liberdade", mas sim o desejo profundo de fugir a uma sensação de “prisão” criada na infância no confronto com os nossos pais, família, conhecidos, professores… As consequências podem ser trágicas: em nome da liberdade, metemos outros na prisão, dirigimo-nos inconscientemente ao que não queremos sem ter consciência disso e acabamos por ser confrontados com o que não queremos, e desgastamos assim as nossas energias para fugir da prisão da nossa infância ainda presente em nós. A tomada de consciência e o reenquadramento das memórias passadas é realizado em PNL com a ajuda das Terapias da Linha do Tempo. Uma nova vivência e utilização das memórias é conseguido através da chamada "Transformação da História Pessoal".




 A CRIATIVIDADE

O trabalhador incansável Salieri despendia todo o seu esforço na composição de uma medíocre melodia que Mozart ridicularizava. Mozart compunha, sem esforço, obras geniais que o ciumento Salieri considerava reveladas por Deus.

(Devido à incompreensão das possibilidades ilimitadas e do papel da nossa mente inconsciente nas nossas vidas, muitas pessoas atribuem intuições e revelações a anjos, espíritos, santos, estrelas ou deuses. Em PNL trabalhamos pessoalmente também com estas entidades virtuais, tratando-as como sendo “partes” do nosso inconsciente.)

Salieri e Mozart representam a diferença entre o trabalho do consciente e do inconsciente. Enquanto o consciente sua, luta, pensa, analisa, a inteligência criativa do inconsciente produz maravilhas, em liberdade, segundo a lei do menor esforço.

Aliás, é conhecido que as grandes descobertas científicas que transformaram a nossa visão do mundo, brotaram sem esforço das mentes de figuras como Galileu, Newton, Einstein… Claro que para o inconsciente produzir as respostas, a informação tem primeiro de ser lá metida.





INTERVENÇÕES COM PNL

No fundo, e em primeiro lugar, aprende-se em PNL a ter uma nova relação connosco. Estudam-se os processos inconscientes que determinam as nossas sensações e os nossos comportamentos:

- tornamo-nos mais conscientes da maneira como fabricamos as nossas ideias sobre os outros; percebemos as determinantes destes processos como as convicções e os valores; descobrimos os valores atrás dos valores e as suas origens dos quais os principais nos levam à infância; entendemos melhos os traços de personalidade; tormano-nos conscientes do poder dos padrões linguísticos; descobrimos episódios marcantes em que emoções negativas ainda jogam um papel relevante; com base nesta compreensão e maior domínio dos processos internos, melhoramos a nossa comunicação connosco e com os outros...

O estudo da nossa subjectividade deixou atrás de si um arsenal de inúmeras técnicas, técnicas essas que são empregues em simultâneo com a atenção que deve ser dada a princípios orientadores sistémicos e ecológicos.

O primeiro passo no caminho da “liberdade”, se há algum sentido em empregar a palavra “liberdade”, é o reconhecimento do poder destes processos como determinantes na nossa vida. O segundo passo é o respeito e aceitação daquilo que se nos oferece tanto interiormente como exteriormente. O terceiro passo é encontrar o equilíbrio entre a mente consciente e a mente inconsciente, desistindo da ilusão de controlar o inconsciente, procurando que, juntos, de forma harmónica, trabalhem no mesmo sentido para realizar significado:

– sentirmo-nos, enfim, cada vez mais em paz connosco e com o mundo.




 AGENDA

Iniciações à PNL
Essências da PNL, "ATINGIR MAIS DE FORMA MAIS FÁCIL"
Proximos cursos em Outubro, em S. PEDRO DO ESTORIL (dias 15 e 16) e no PORTO

PRACTITIONER em 4 blocos de 4 dias, a partir de 5 de Outubro, em S. PEDRO DO ESTORIL

MASTER PRACTITIONER, em 21 dias divididos por 5 blocos, em S. PEDRO DO ESTORIL, a partir de Janeiro

TRAINERS-TRAINING, em 22 dias. Está a decorrer. Exames em Setembro com a presença de René Kuiper do NTI-NLP, Holanda

CONSULTOR DO PANORAMA SOCIAL
com Lucas Derks, de 21 a 25 de Março de 2012, em CARCAVELOS. Nível mínimo de practitioner exigido. Certificação, após aprovação de relatório de uma intervenção


OUTROS PROGRAMAS: Falar em público, Mindfulness, Consultas individuais intensivas para Transformação da Histótia Pessoal   
INSCRIÇÕES
 










 LINKS E CONTACTOS



José Figueira
- Formação em drama, pedagogia do teatro e encenação, pela Escola de Altos Estudos de Teatro de Amesterdão.
- Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de Amesterdão.
- Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional do NTI-NLP, que obedece aos critérios da ABNLP (The American Board of Neuro- Linguistic Programming) e está associado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology
- Social Panorama Consultant, ligado ao "Social Panorama" (International Laboratory for Mental Space Research)
- Trabalhou em formação e reintegração social a cargo da Câmara Municipal de Amesterdão, dos Serviços Sociais e do Ministério do Trabalho na Holanda.
- Foi director de uma Escola de Formação do Centro Regional de Ofícios de Amesterdão (ROCA).
- Dá cursos de PNL associado ao NTI-NLP.
- É membro da Associação Holandesa da PNL (NVNLP reconhecida pela EANLP). O instituto PNL-José Figueira é reconhecido por essa Associação e está habilitado a certificar Practitioners, Masters e Trainers em PNL.
- Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de Trainers de PNL
- Membro do círculo Alumni de Andragologia da Universidade de Amesterdão

Coach provocativo

O coach provocativo tem como base princípios totalmente diferentes que as formas de coach tradicional. É baseado no protótipo do bobo. Parte da aceitação, valorização e respeito do cliente como ele é. Amplifica sim os pontos fracos do cliente até os tornar ridículos, procura razões absurdas e apresenta soluções impossíveis fazendo uso de estereótipos, preconceitos, espelhando de forma apalhaçada as manifestações não-verbais do cliente, transformando a estrutura apresentada e concentrando-se precisamente nos elementos que o cliente quer evitar. Acredita que o humor é o melhor medicamento, os desvios conduzem ao cerne, e faz com que seja impossível para o cliente levar a sério as suas próprias convicções limitadoras. A partir da sua reacção contra o terapeuta, o cliente aprende a ser a ser assertivo, a olhar para si de forma mais realista e a auto-valoriza-se.
A terapia provocativa, criada por Frank Farrelly, surgiu pelas mesmas alturas que a Programação NeuroLinguística e exerceu certamente uma grande influência, pelo menos, em Richard Bandler (co-autor da PNL).