sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REVISTA PNL-PORTUGAL (Agosto/Setembro)

PNL-Portugal (José Figueira)
Associado ao Instituto Holandês NTI-NLP (ligado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology),
obedece aos critérios da ABNLP
Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de trainers de PNL
Autorizado pela Associação Holandesa de PNL a credenciar Practitioners, Masters e Trainers
Ligado ao Panorama Social (International Laboratory for Mental Space Research)
Alumni da Universidade de Amesterdão, secção, ciências sociais, ciência da mudança, "andragologia"
REVISTA MENSAL, 08/09-2011 Agosto/Setembro
TEMA DO MÊS: SOBRE PNL E LIBERDADE
Há dez anos que vimos, com sucesso, espalhando e desenvolvendo a Programação NeuroLinguística em Portugal. Pelo que sabemos, fomos os primeiros em Portugal a certificar com bases em critérios internacionais. Com a crescente oferta no mercado, e enquanto se preparam na Europa normas mais elevadas para certificação e controlo activo de qualidade aos institutos associados, sentimos, como sendo a nossa missão, mais do que nunca, participar no aprofundamento sério da PNL. É, neste quadro, que nos propusemos oferecer regularmente a nossa revista.




CONTEÚDO:
SOBRE A LIBERDADE
MODELOS SOBRE O FUNCIONAMENTO DA MENTE


O LIVRE ARBÍTRIO
AS DECISÕES
OS AUTOMATISMOS
OS NOSSOS MOTORES
A CRIATIVIDADE
AS INTERVENÇÕES
COM PNL
ACTIVIDADES
INSCRIÇÕES
LINKS E CONTACTOS





SOBRE A LIBERDADE

Em “Conversations – Freedeom is everything & love is all the rest”, Owen Fitzpatrick e Dr. Richard Bandler (co-fundador da PNL) lê-se o seguinte, traduzido livremente:

“Os terríveis monstros que existem neste mundo têm a forma de tristeza, ansiedade, raiva, ódio e desespero. Quando a gente os pode ver olhos nos olhos e sabemos que seremos bem-sucedidos, então é-se livre”.

A quantidade enorme de livros de auto-ajuda, os cursos crescentes de desenvolvimento pessoal, a variedade e crescimento na oferta de coah, mostram-nos as necessidades das pessoas e, ao mesmo tempo, que “ser livre” não é tarefa fácil.

Porquê? Porque construir uma ponte, uma linha de caminho-de-ferro, ou até mesmo uma viagem à lua, se se pode fazer de forma consciente e controlada utilizando meios lógicos e racionais, a transformação individual é de uma total outra natureza. Primeiro, não temos consciência do que se passa em nós e mesmo que tenhamos um vislumbre, não sabemos como lidar com isso. Vivemos muito na ilusão que nos podemos controlar ou, pelo menos, lidar connosco de forma racional. A questão é que quem manda em nós, não é a nossa mente racional. No fundo, o inconsciente, com a sua própria lógica, é rei.



MODELOS SOBRE O FUNCIONAMENTO DA MENTE

Há diversos modelos sobre o funcionamento da mente. O célebre modelo metafórico do icebergue de Mc Clelland mostra-nos as competências como a parte visível de um icebergue. As determinantes do nosso comportamento (auto-imagem, normas e valores, características psicológicas e motivos) são representadas como fazendo parte da grande massa por baixo da linha das águas.

O modelo mais corrente em PNL, o modelo de comunicação, mostra-nos o comportamento como resultado de processos inconscientes. Reagimos, não ao mundo mas à representação inconsciente do mundo exterior com base num processo de distorção, omissão e generalização da informação. Este processo é determinado, de forma inconsciente, por factores como a genética, valores e convicções, emoções ligadas às memórias, traços psicológicos e significados linguísticos.




Outro modelo amplamente empregue, geralmente apresentado na forma de uma pirâmide, é conhecido como os “níveis(neuro)lógicos de comunicação, atribuído a Robert Dilts, no seguimento dos trabalhos de Gregory Bateson. Divide a comunicação em uma parte visível (mundo exterior, comportamento e, até certo ponto, competências) e uma parte invisível determinante (valores e convicções, identidade e espiritualidade ou missão). A PNL actual, por vezes chamada de 3ª geração, trabalha em transformações de forma generativa (mudanças mais globais). No seguimento da atenção dada ao papel dos valores e das convicções nos anos 90, a PNL actual centra-se agora na identidade e na missão.  



O LIVRE ARBÍTRIO

A questão do “livre arbítrio” (poder fazer escolhas) é uma questão que tem ocupado pensadores e cientistas através dos tempos.

O “livre arbítrio” é, em parte, uma grande ilusão. Todos nós tomamos decisões, é certo. Mas fazemo-lo sempre dentro de quadros determinados hereditariamente, formação no útero, história pessoal e meio exterior. De livre arbítrio não deve restar grande coisa.

A maioria das pessoas não têm mesmo, possivelmente, nenhum livre arbítrio. O piloto automático determina as suas vidas e não têm a mínima consciência do que as move.

Em PNL estuda-se precisamente a nossa subjectividade e as suas possíveis leis, o que nos pode ajudar a viver de forma mais em harmonia com aquilo que somos. A terminologia do “sucesso”, “poder”, “controlo”, “atingir o que se quer” é, talvez, mais uma questão de publicidade comercial, parece-me, que algo fundamentado nos conhecimentos da psicologia e neurociência. Por isso evito nos meus artigos, ou nos meus cursos, os chavões publicitários de "sucesso" e "excelência" que, muitas vezes, são empregues para caracterizar esta metodologia. A "ciência e arte" da PNL oferece-nos sim, uma ferramenta formidável para auto-conhecimento e ajustamento do comportamento às nossas próprias leis naturais.

A metáfora que uso para caracterizar os meus cursos de PNL é: “a caminho do cerne, a partir do cerne”. Quer dizer, conhecermo-nos cada vez mais e agirmos em harmonia com esse onhecimento, ao encontro de um maior balanço interno e na relação com o mundo. Central está o conceito "ecologia".




 AS DECISÕES

Até que ponto temos consciência dos fundamentos das nossas decisões? Quem é, afinal, o dono das nossas decisões? E o que é uma decisão acertada?

Diz-se que a vida é feita de escolhas. Quem faz as escolhas? Certamente que somos nós. O que a maioria das pessoas possivelmente não percebe é que, de grande parte das nossas decisões, só nos apercebemos delas conscientemente, depois de o inconsciente já as ter tomado. Isto é algo difícil de aceitar para um grande número de pessoas. Damos demasiada importância ao papel da mente consciente nas nossas vidas.

A mente consciente lida com um número muito pequeno de variáveis, enquanto o inconsciente tem, talvez, capacidades ilimitadas. Já Freud dizia que utilizava a mente consciente para as decisões banais e deixava as grandes decisões na vida para uma parte mais profunda em nós.

Em PNL, estudamos e damos uma importância enorme aos processos da mente inconsciente.




 OS AUTOMATISMOS

Um psicólogo tinha um paciente com extremos problemas de memória. Em todas as consultas tinha lugar a mesma cerimónia de apresentação pessoal. Fez uma experiência que ficou célebre. Uma vez despediu-se escondendo na mão um pionés. No próximo encontro, sem ter a mínima consciência pela qual o fez, o paciente recusou-se a cumprimentar o psicólogo. A mão do psicólogo tornou-se um estímulo a evitar, passando a ser uma projecção imaginária do paciente.

O inconsciente é um repositório imenso de informação. Reagimos constantemente de forma automática a estímulos baseados em informação de que não temos a mínima consciência. Em PNL utilizamos estes processos nas técnicas de "ancoragem".


OS NOSSOS MOTORES

Julgamos que, conscientemente, temos valores pelos quais lutamos e dão significado às nossas vidas. “Liberdade”, por exemplo. Não temos a mínima consciência que, na maioria das vezes, o que nos move, não é própriamente o caminho da "liberdade", mas sim o desejo profundo de fugir a uma sensação de “prisão” criada na infância no confronto com os nossos pais, família, conhecidos, professores… As consequências podem ser trágicas: em nome da liberdade, metemos outros na prisão, dirigimo-nos inconscientemente ao que não queremos sem ter consciência disso e acabamos por ser confrontados com o que não queremos, e desgastamos assim as nossas energias para fugir da prisão da nossa infância ainda presente em nós. A tomada de consciência e o reenquadramento das memórias passadas é realizado em PNL com a ajuda das Terapias da Linha do Tempo. Uma nova vivência e utilização das memórias é conseguido através da chamada "Transformação da História Pessoal".




 A CRIATIVIDADE

O trabalhador incansável Salieri despendia todo o seu esforço na composição de uma medíocre melodia que Mozart ridicularizava. Mozart compunha, sem esforço, obras geniais que o ciumento Salieri considerava reveladas por Deus.

(Devido à incompreensão das possibilidades ilimitadas e do papel da nossa mente inconsciente nas nossas vidas, muitas pessoas atribuem intuições e revelações a anjos, espíritos, santos, estrelas ou deuses. Em PNL trabalhamos pessoalmente também com estas entidades virtuais, tratando-as como sendo “partes” do nosso inconsciente.)

Salieri e Mozart representam a diferença entre o trabalho do consciente e do inconsciente. Enquanto o consciente sua, luta, pensa, analisa, a inteligência criativa do inconsciente produz maravilhas, em liberdade, segundo a lei do menor esforço.

Aliás, é conhecido que as grandes descobertas científicas que transformaram a nossa visão do mundo, brotaram sem esforço das mentes de figuras como Galileu, Newton, Einstein… Claro que para o inconsciente produzir as respostas, a informação tem primeiro de ser lá metida.





INTERVENÇÕES COM PNL

No fundo, e em primeiro lugar, aprende-se em PNL a ter uma nova relação connosco. Estudam-se os processos inconscientes que determinam as nossas sensações e os nossos comportamentos:

- tornamo-nos mais conscientes da maneira como fabricamos as nossas ideias sobre os outros; percebemos as determinantes destes processos como as convicções e os valores; descobrimos os valores atrás dos valores e as suas origens dos quais os principais nos levam à infância; entendemos melhos os traços de personalidade; tormano-nos conscientes do poder dos padrões linguísticos; descobrimos episódios marcantes em que emoções negativas ainda jogam um papel relevante; com base nesta compreensão e maior domínio dos processos internos, melhoramos a nossa comunicação connosco e com os outros...

O estudo da nossa subjectividade deixou atrás de si um arsenal de inúmeras técnicas, técnicas essas que são empregues em simultâneo com a atenção que deve ser dada a princípios orientadores sistémicos e ecológicos.

O primeiro passo no caminho da “liberdade”, se há algum sentido em empregar a palavra “liberdade”, é o reconhecimento do poder destes processos como determinantes na nossa vida. O segundo passo é o respeito e aceitação daquilo que se nos oferece tanto interiormente como exteriormente. O terceiro passo é encontrar o equilíbrio entre a mente consciente e a mente inconsciente, desistindo da ilusão de controlar o inconsciente, procurando que, juntos, de forma harmónica, trabalhem no mesmo sentido para realizar significado:

– sentirmo-nos, enfim, cada vez mais em paz connosco e com o mundo.




 AGENDA

Iniciações à PNL
Essências da PNL, "ATINGIR MAIS DE FORMA MAIS FÁCIL"
Proximos cursos em Outubro, em S. PEDRO DO ESTORIL (dias 15 e 16) e no PORTO

PRACTITIONER em 4 blocos de 4 dias, a partir de 5 de Outubro, em S. PEDRO DO ESTORIL

MASTER PRACTITIONER, em 21 dias divididos por 5 blocos, em S. PEDRO DO ESTORIL, a partir de Janeiro

TRAINERS-TRAINING, em 22 dias. Está a decorrer. Exames em Setembro com a presença de René Kuiper do NTI-NLP, Holanda

CONSULTOR DO PANORAMA SOCIAL
com Lucas Derks, de 21 a 25 de Março de 2012, em CARCAVELOS. Nível mínimo de practitioner exigido. Certificação, após aprovação de relatório de uma intervenção


OUTROS PROGRAMAS: Falar em público, Mindfulness, Consultas individuais intensivas para Transformação da Histótia Pessoal   
INSCRIÇÕES
 










 LINKS E CONTACTOS



José Figueira
- Formação em drama, pedagogia do teatro e encenação, pela Escola de Altos Estudos de Teatro de Amesterdão.
- Licenciatura em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de Amesterdão.
- Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional do NTI-NLP, que obedece aos critérios da ABNLP (The American Board of Neuro- Linguistic Programming) e está associado ao International Network for Humanistic Neuro-Linguistic Psychology
- Social Panorama Consultant, ligado ao "Social Panorama" (International Laboratory for Mental Space Research)
- Trabalhou em formação e reintegração social a cargo da Câmara Municipal de Amesterdão, dos Serviços Sociais e do Ministério do Trabalho na Holanda.
- Foi director de uma Escola de Formação do Centro Regional de Ofícios de Amesterdão (ROCA).
- Dá cursos de PNL associado ao NTI-NLP.
- É membro da Associação Holandesa da PNL (NVNLP reconhecida pela EANLP). O instituto PNL-José Figueira é reconhecido por essa Associação e está habilitado a certificar Practitioners, Masters e Trainers em PNL.
- Membro da Guilda Holandesa e Portuguesa de Trainers de PNL
- Membro do círculo Alumni de Andragologia da Universidade de Amesterdão

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