segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algumas vantagens em combinar PNL e Mindfulness

1. O princípio mais básico em PNL tem a sua origem na semântica geral de Korzybski (1879-1950): “O mapa não é o território”. Podemos deduzir daqui que o mundo é o que imaginamos que é. O problema  é que acabamos por acreditar nas nossas próprias construções mentais. Já Buda dizia o mesmo e práticas milenares de meditação têm como fim, de forma prática, ajudar-nos concretamente a não levarmos a sério as nossas fantasias sobre nós e o mundo. Mindfulness é uma técnica e atitude para auto-consciencialização contínua.

2. Cada vez se torna mais evidente no mundo da PNL uma nova formulação de um princípio antigo: “É o que é, as coisas são como são”. Ora a maioria das pessoas luta contra aquilo que é, e chegam à PNL para resolver isso (libertar-se da dor, medo, insegurança, solidão…). Assim esquecem outro princípio básico: “o sistema nervoso central não conhece negações”. A consequência é que quanto mais se luta contra aquilo que se não quer, mais o recebemos de presente. Mindfulness é o primeiro passo na aceitação das coisas como elas são (o que não é resignação), é sim um break com a maneira tradicional de reagir automática e abertura a novas possibilidades.

3. “Conduzir o autocarro da nossa vida”, o obectivo nº 1 da PNL, exige uma reviravolta na nossa maneira de pensar, sentir e agir. Significa “consciência consciente”. Um grau cada vez maior de consciência consciente de nós e do mundo só pode ocorrer a partir da paragem do nosso “piloto automático” quer dizer, da interacção automática e inconsciente entre o diálogo interno, os estados emocionais e a reacção comportamental. Mindfulness torna consciente este processo e apazigua-o.

4. Embora não seja directamente o objectivo da Mindfulness, o certo é que através da prática são libertos recursos tradicionalmente considerados de natureza espiritual: amor, serenidade, sensação de plenitude… Estes recursos são o que em PNL se chamam “estados essenciais” e são vistos como os recursos mais poderosos que podemos ter ao nosso serviço.

26 e 27 de Novembro, das 10.00 às 18.00 horas, no Estoril (descobrir.pnl@gmail.com , 965542777, 918541233).

3 comentários:

José Figueira disse...

Quem contribui para aumentar a nossa compreensão sobre este assunto? Sobre a possível conivência e vantagem da PNL e Mindfulness?



Ora aqui vai mais um aspecto interessante e também ele básico: a PNL concentra a sua atenção nos nossos sentidos como base de informação (sistemas representativos ou modalidades sensoriais VACOG). Parte-se, por um lado, e utiliza-se conscientemente o princípio da impossibilidade da não-interpretação; por outro lado, reconhece-se a importância de uma observação desprovida de interpretação que nos possa levar à excelência na comunicação. Mindfulness é um treino mais radical dos sentidos no sentido do conhecimento das coisas como elas são, conhecermos a nós e ao mundo, desprovidos de interpretação.

Outra: O processo de aprendizagem em PNL conhece quatro fases, algumas vezes, cinco fases: fala do conhecido caminho da inconsciência incompetente à inconsciência competente, passando pela consciência da incompetência e consciência da competência. Às vezes juntam-lhe uma fase de mestria, mas o inconsciente competente é sempre visto como uma fase de excelência em que agimos a um nível de perfeição e rapidez extraordinárias. É certo que é desmascarada aqui a ilusão que a mente consciente tem o papel superior que lhe é atribuído. Mas isto é, ao mesmo tempo, paradoxal! É o louvor ao piloto automático inconsciente como condutor das nossas vidas – como podemos então ser responsáveis pela condução do autocarro das nossas vidas dessa maneira? Mindfulness aponta-nos um possível caminho para chegarmos a um nível superior de existência, a “consciência consciente” de que Eckhart Tolle fala.

protesta poeta disse...

PNL é Ciência?

José Figueira disse...

A PNL nasceu com Bandler (e Grinder) como reacão à psicologia da época. Alguns autores preocupam-se, nos seus textos, em fundamentar a PNL, na medida do possível, tanto teórica como empiricamente (Dilts).
Não conheço investigação sistemática sobre os efeitos, pelo menos investigação que possa chamar de "científica". A maioria dos praticantes não se preocupa com isso, na medida em que os efeitos são diretamente visíveis e acham-na mais que comprovada. Utilizo, para classificar a PNL neste sentido, uma metáfora: "PNL é Ciência e Arte".