segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sobre o Bem e o Mal, sobre Monstros e Fadas...

A maioria das pessoas pensa que para realizar o seu propósito de vida e alcançar a felicidade precisa destruir o “monstro” dentro delas que as impede de alcançar o objetivo desejado.
Esta luta adquire diversas formas em diversos contextos, seja na família, nas relações sociais, no trabalho, no desenvolvimento pessoal…
e o que as pessoas em geral fazem e investem e gastam em cursos, livros e “brinquedos” e histórias encantadas de “fadas”, para calarem e controlarem o “monstro” dentro delas!

Por experiência universal sabemos que isso não resulta: quanto mais lutamos contra o nosso “monstro interior”, mais atenção lhe estamos a dar e simultaneamente mais forte ele se torna.
Ora a maior parte dos livros e programas de auto ajuda no mercado partem da premissa que é preciso calar o monstro utilizando para isso as mais variadas formas de pensamento cor-de-rosa e positivo.
E por experiência universal sabemos que isso não resulta!

Os programas de auto ajuda e crescimento pessoal que, no meu entender, nos podem levar mais longe neste processo de auto consciencialização, vivência e sensação de auto realização do propósito de vida, são aqueles programas que nos ensinam a, pura e simplesmente, abandonar o local de combate. É que não há nenhum “monstro” a combater dentro de nós. Essa ideia de “monstros”, baseada talvez nos monstros sagrados, doutorados e poderosos externos da sociedade que nos sugam o sangue e a alma, foi-nos impingida e nós acreditámos nela. E assim sentimo-nos impuros, culpados e incompletos e prostituímos o nosso corpo no mercado e seguimos doutrinas de gurus para, um dia, virmos a ser as pessoas decentes que adotámos como sonho.
Ora há que viver a vida. Agora!
Deixe interiormente o policiamento, o exército, o advogado e o juiz interno, a chefia, deixe isso tudo aos “pobres de espírito”.
Não acredite na linguagem e sobretudo não acredite em si porque você é o que perceciona, você é o observador e analista. Você é isso mesmo, tudo e muito mais, e nenhum julgamento sobre si ou nenhum ditador no mundo pode impedir de manifestar a sua grandeza.
O seu único problema é acreditar em “monstros interiores”.

José Figueira

1 comentário:

Barbara disse...

Muito bom seu post.
Nós somos criados desde pequenos com punições, se a criança faz arte, logo dizemos : não faça isso, porque é feio, se fizer de novo eu chamo o lobo mau, olha menino DEus castiga, papai Noel nao te trará presentes de natal, peraí to ligando pra ele ! E por ai vai. E assim a criança tem o primeiro contato com os monstros internos. E quando chegamos a fase adulta nos deparamos com outra realidade e isso nos traz um conflito interno terrivel e nos sentimos impotentes. Acreditar em DEus então é uma luta imensa : como vou acreditar num cara que só castiga ? Até onde sabemos ninguem se encontrou com ele ainda pra saber se ele é bom ou não.
Aprendi que nossos monstros internos ou nossa sombra ( como gosto de chamar ) são nossos aliados e não nossos inimigos, que devemos encarar todos os nossos medos e defeitos e nao nos punir por sermos assim ou assado e sim nos aceitar como somos, nos amar como somos por mais que não agrade as pessoas a nossa volta.
Se fizermos isso com certeza teremos uma vida mais leve e feliz.