Contente de me dar como as gaivotas 
bebo o outono e a tarde arrefecida. 
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor 
por mais que digam é perfeito como a vida. 
Tenho tristezas como toda a gente. 
E como toda a gente quero alegria. 
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas, 
leve o diabo essa morte dia a dia. 
Eugénio de Andrade, 
 
 
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