domingo, 21 de novembro de 2004

O viajante

O viajante notou que tinha escolhido um caminho estreito e difícil de prosseguir. Decidiu perguntar à próxima pessoa e logo entrou numa clareira e viu um velho sentado. Perguntou: “Por favor diga-me se estou na direção certa?” O velho respondeu que sim: "Continue andando e leve tudo o que encontrar antes de cruzar o rio”. O viajante ficou confuso. À medida que começou a andar as palavras do velho ecoaram na sua mente. Parou, olhou em volta, apenas notou árvores, arbustos e pedregulhos. Nada de valor. Com indiferença, pegou algumas pedras, colocou-as no bolso e continuou atravessando o rio. Depois de atingir a outra margem, caminhou com muita dificuldade e sem uma direção definida através duma densa floresta até descobrir um novo caminho. Estava cansado para continuar e começou a acender fogo. Quando se ajoelhou, sentiu alguma coisa dura e lembrou-se das pedras no bolso. Quando levantou o braço para as deitar fora, um brilho colorido atingiu os seus olhos. Olhou mais de perto e pôde ver que os objetos eram diamantes, rubis, safiras e esmeraldas! A sujidade das pedras, pensou, deve ter sido lavado quando cruzou o rio. Surpreso tomou consciência de que se tivesse trazido mais pedras antes de cruzar o rio nunca mais teria que se preocupar com dinheiro. O viajante sabia que nunca encontraria o caminho de volta mas neste exato momento fez uma promessa a si mesmo sobre o julgamento da natureza das coisas.

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