Poema enviado pela Isa (practitioner PNL)
não sei se com a intenção de eu publicar ou não...
Logo se vê!
As palavras respiram.
Pensam.
Caiem e voltam a erguer-se.
As palavras caminham, deslizam e cochicham.
As palavras dão-se e recebem-se
Contorcem-se
E abrem-se
Atingem-nos
Desvendam-nos.
As palavras são uma seta.
Amar é uma palavra
Que é só
Não querer estar só.
A solidão é uma palavra
Que nos sai
Suspirando
Em muitas letras:
Só alguns as sabem ler.
Outros
Sabem-nas de cor.
As palavras são a lucidez
A faca de dois gumes
O veículo
Com o qual só se vai
Não se regressa.
Abro todas as palavras na minha página certa.
A tua.
E, de página em página
De semana em semana
Vou construindo Capítulos.
As palavras matam-nos a fome
São uma manta de lã no Inverno
E um xaile de seda no Verão.
As palavras são noite
Navegam connosco através das sombras
E acordam connosco
Dando-nos o Sol.
As palavras são a sede da Água.
Escapam-se-nos entre os dedos
Se não as bebermos a Tempo!
Palavra
Chamo-me Isabel, Isabel do Porto, Porto das Barcas, Porto das Brumas.
Desembarco.
in " A MARGEM DE CÁ", um Livro que só vou dando a ler a quem, como eu, ama Palavras
Isabel Perry da Câmara
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