quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Hipnoterapia, PNL e comunicação excelente


Qual é a diferença entre a hipnoterapia clássica e o modelo de Milton Erikson, o modelo que forma a base da Programação NeuroLinguística?

Claro que não é fácil fazer um resumo em poucas palavras.

A hipnoterapia clássica é, pura e simplesmente, directiva e autoritária. Diga ao outro para fechar os olhos e se você tiver suficiente autoridade e o outro for nisso, resulta.
Felizmente que isso só funciona num grupo reduzido de clientes!

Segundo Milton e em toda a PNL, na indução de transe, o hipnotizador tem que se mostrar sensível para a maneira específica de como o ciente organiza as suas experiências – o que quer dizer que o terapeuta está atento ao modelo do mundo do cliente e dos processos de modelagem que o cliente emprega para construir o seu modelo do mundo.

Como consequência deste princípio básico, a “sincronização” forma a base da indução de transe.

Ora isto vai muito mais além e é muito mais importante para a nossa vida diária de relações sociais do que a hipnoterapia em si, embora as pessoas em geral se sintam extasiadas pelo teatro da hipnoterapia vulgar e teatral. As pessoas gostam de mistérios. Ora, no meu entender, o mistério é o ‘vulgar’ e ‘natural’ e que por ser tão vulgar e natural, não temos consciência disso.

A indução de transe, um processo altamente vulgar e natural, e a hipnoterapia moderna de Milton Erikson, forneceram-nos um despertar da atenção para os factores que formam a base duma comunicação efectiva excelente: é o bio-feedbak do comunicador (calibragem e espelhamento dos movimentos do corpo, respiração, tonalidade, a repetição das palavras exactas do outro, etc) em relação à pessoa com quem quer comunicar, que forma a base da excelência na comunicação.
O mínimo esforço do comunicador nesse sentido, produz o máximo de resultados no outro. Consegue-se assim muito facilmente um nível de comunicação que atinge níveis que vão muito para além duma comunicação ao nível da lógica e do bom senso. Então, e só então, falamos duma espécie de comunicação em que os corações batem em uníssono.

Ora espero com isto ter mostrado um pouco do algo de fundamental nas diferenças entre a hipnoterapia clássica e a hipnoterapia moderna que forma a base da PNL.

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