sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Modelo da Comunicação (b)
Quanto à situação referida no post “ Do comportamento à identidade”, ela pode ser um bom exemplo de como o Modelo de Comunicação funciona. Se o indivíduo A conclui que o indivíduo B lhe chamou “língua de trapos” quando o indivíduo A apenas referiu que B “não deveria ter revelado certo segredo”, isto terá uma razão de ser, e se há uma razão, a PNL explica (porque é que fazemos o que fazemos?). Na verdade, o que o indivíduo B fez, foi, primeiro, uma distorção do que o indivíduo A disse, para de seguida a generalizar, uma vez que, se generalizarmos a situação de “uma pessoa que conta segredos”, então obtemos a categoria “língua de trapos”, e por fim, distorcê-la de novo, dando-lhe uma interpretação coerente com o seu próprio mapa do mundo. Podemos imaginar a sequencia do raciocínio de B: “ele disse que eu contei um segredo?” ( eventual distorção, relacionada com o historial de relacionamento entre A e B, e com a própria “mochila” de B). “Mas as pessoas que contam segredos são línguas de trapos!” (generalização) “Ele chamou-me língua de trapos!” (nova distorção), ao que se segue, eventualmente, uma imagem de A acompanhada de um dialogo interno – “aquele malandro!” – seguida de uma sensação de calor espinhoso no estômago, um orgulho ferido, um sobrolho franzido, um punho fechado, e um comportamento: “e não é que o A andou a dizer que eu sou um língua de trapos??”
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