quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Divagando sobre acreditações

É bom que a gente converse. Ontem almocei com um colega. Tema: Associação de PNL, credibilidade dos cursos e dos trainers, reconhecimento oficial.

Fez-se-me luz a nível consciente do que sinto e tenho sentido há muito sobre este tema.

Antes de continuar: Sou defensor incondicional da existência duma Associação e de ligações a organizações mais abrangentes que estejam garantes, ou se empenhem em manter e desenvolver um mínimo de profissionalidade, princípios éticos de acção, e que seja ponto de recepção de possíveis descontentamentos da parte dos consumidores.
Posto isto esclarecido, a pergunta que me faço é esta:

- Porque é que alguns profissionais querem tanto uma Associação?

Talvez, confesso, exagerando um pouco, encontrei uma diferença entre os ditos profissionais:
- Para se credibilizarem a si mesmos ("eu sou membro da associação, uso legalmente o logo da associação, pago as minhas quotas… e por isso sou um profissional autêntico!")
ou
- Para que os consumidores dos produtos possam confiar num mínimo de critérios de profissionalismo e princípios éticos dos membros dessa Associação.

No primeiro caso o acento está no "eu", no segundo caso, nos "outros".

Claro que os dois aspectos se completam. Mas há uma nuance e, num mundo às vezes tão preto e branco, é bom estar atento às nuances.

A grande implicação parece-me esta:

- No primeiro caso, deparamo-nos com um profissional reconhecido dentro das leis formais vigentes na democracia. Pelo menos disso podemos estar seguros.
- No segundo caso, independente de todos os diplomas adquiridos, aumentam as chances de nos deparamos com um aspirante, com alguém que trabalha continuamente para aumentar honestamente o seu profissionalismo e a sua credibilidade.

Se conseguirmos juntar os dois, todos beneficiam. Tanto o profissional honesto, como o consumidor.

Estou aqui a falar de PNL, mas como é o caso nesta metodologia, estas divagações abrangem todos os sectores da nossa vida.Depois de regressar da Holanda, pasmado... constatei o número de vezes que, diariamente, ouvi pronunciada a palavra "doutor". Talvez seja essa singularidade nacional que, de uma ou de outra forma, causa certo "efeito" no meu modelo do mundo. 

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