Muitas pessoas chegam à PNL para resolver problemas e algumas vezes parecem sair com mais problemas ainda: divórcios, desmotivação para o trabalho que fazem, desemprego, confusão, conflitos com a ordem social estabelecida…
Ora não é a PNL que provoca estas aparentes “desgraças”. As pessoas substituem simplesmente problemas do dia-a-dia por questões mais significativas para as suas vidas. Digamos que o “problema” passou do nível do comportamento para um nível neurológico superior (crenças sobre si e sobre os outros, valores essenciais, identidade e missão no mundo). Qualquer solução que as pessoas procurem a seguir, deixou de ser apenas uma substituição de meios de sobrevivência, para se tornar também uma busca de integração e congruência maior nas suas vidas.
A publicidade à volta da PNL tem algumas vezes a sua origem nos aparentes resultados de sucesso a curto prazo ao nível das aplicações, nos comportamentos e competências: - é que são técnicas excepcionais de persuasão! Felizmente que, se aplicadas unicamente como ferramentas ao nível das competências, como persuasão desprovida de ética, ou não funcionam ou, em geral, só funcionam uma única vez. Para uma pessoa honesta, acabam por não satisfazer. E a pessoa utilizada, seja a mais simples criatura sem estatuto de cultura oficial, possui os mesmos neurónios e dignidade que qualquer ser humano na terra – e mesmo não consciente disso, acabará por sentir inconscientemente o “truque”.
As ferramentas da PNL, para funcionarem e deixarem marca, terão, no meu entender, que satisfazer regras básicas da ecologia humana e social. Terão de ter em conta o indivíduo como um todo, com necessidades de realização espiritual (realização de um significado maior), integradas num alargado contexto direccionado à construção dum mundo melhor.
(Publicado na revista mensal distribuída por e-mail, PNL- Portugal, Fevereiro de 2011)
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