O que sei é que o que me moveu para aprender a andar foi
muito mais possivelmente a possibilidade de me mover e atingir os resultados
que o meu irmão ou a minha irmã mais velha já tinham atingido, e não as
desgraças de não ser capaz de andar de forma autónoma e livre. Só começamos a
interagir com diversos “brinquedos” em toda a nossa vida, parece-me, desde que esses
interesses nos interessem e não pela dor de não brincar com eles!
Em termos de
PNL séria e de valores fundamentais, traduzimos aqui a motivação desta forma:
- Afastarmo-nos
do que não queremos ou direcionarmo-nos para o que queremos?
Há um determinado momento na nossa vida em que queimamos os dedos. A dor é
provavelmente superior à curiosidade e necessidade de crescimento e exploração
do espaço. E então dá-se provavelmente um fenómeno transformacional de
sobrevivência em que optamos, tal como a espécie, pelo afastamento do que não
queremos. Isso foi possivelmente muito útil para o crescimento da espécie.
Mas é-nos útil... agora ???
Um estado de “alerta” é certamente útil. Sem ele, não sobreviveríamos!
A questão é que o tema “sobrevivência” acabou por ocupar o primeiro plano na jungle social. Sobreviver implica um
cenário de guerra, o que significa um estado de alerta e focalização de
competências para resolução de conflitos. Sair de lá ileso significa muitas vezes, na medida do possível, "assassinar" o outro: no campo de batalha, na família, nas relações, na empresa...Acham que isso é necessário para edificar a vida? Só se pode fazer desa maneira? Tal opção, onde nos conduz? Acham que chegaremos, de forma saudável, a qualquer parte?
J.F.
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