quinta-feira, 26 de abril de 2007

"A meditação é a acção do silêncio."

O florescer do amor é meditação.
Na meditação temos de descobrir se é possível um cessar dos conhecimentos, e libertarmo-nos, assim, do conhecido.
Meditar é estar inocente do tempo.
Meditar é comprender o que é- ou seja, o facto- e ir para além dele.
Depois das chuvas, os montes estavam cheios de esplendor. Ainda apresentavam uma tonalidade castanha do sol de verão e, em breve as coisas verdes começariam a brotar. Tinha chovido bastante, e a beleza daqueles montes era indescritivel. (...) Os pequenos arbustos verdes em breve estariam ainda mais verdes, e no espaço de algumas semanas emanariam um aroma mais intenso(...) Era, na verdade, maravilhoso, e estranhamente, ao longo de toda a noite esse meditar esteve connosco, e quando acordámos, muito antes de o sol despontar, ainda se encontrava no nosso coração com a sua enorme alegria.
POR J. KRISHNAMURTI no livro MEDITAÇÕES.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

3 novos Masters practitioners



Completaram todos os requisitos internacionais para receberem o título de Master practitioner:
a Ceci Graterol,
o José Augusto R. Moreira
e o Miguel Ferreira

PARABÉNS aos novos Masters internacionais na Arte e Ciência da PNL!

Para além disso apresentaram 6 cursistas do Master practitioner em Fátima, na passada segunda-feira os seus projectos de Modelagem.

Mais fotografias? Clique:

Espaço Integral!

Cursos de PNL

Um curso de PNL, como eu o dou, é um processo pessoal gradual em que se nos tornam conscientes os processos inconscientes do funcionamento da mente, a forma como construímos os nossos mecanismos de sobrevivência pessoal e de como ficámos emaranhados neles, consumindo-nos energias e acabando por nos dar a sensação de sermos estranhos a nós mesmos e acabando no final de contas por nos impedir de realizar aquilo que desejaríamos.

Estes mecanismos de sobrevivência podem ser muito limitadores pois foram construídos em períodos passados da nossa vida em que os nossos conhecimentos e competências eram por definição muito limitados.

O conhecimento destes processos, um conhecimento com o corpo todo e não meramente intelectual, dá-nos a possibilidade de nos libertarmos e ao mesmo tempo empregar as estruturas encontradas para ir ao encontro do que sentimos como mais essencial em nós, agir a partir daí e encontrar novas formas de comunicação com o mundo que possam levar-nos não só a nós mesmos a sentirmo-nos bem mas ajudar os outros a sentirem-se bem também num mundo mais agradável.

José Figueira (trainer internacional)

Apúlia, 18º Practitioner

O 18º Practitioner, um curso intensivo, um mergulho ao mais fundo de nós, teve lugar em Apúlia, com vista para o mar, a 50 metros da praia

Apúlia, 18º Practitioner

Apúlia, 18º Practitioner

Celebrando o fim de curso

Apúlia, 18º Practitioner

Novos practitioners na Arte e Ciência da Programação NeuroLinguística

terça-feira, 24 de abril de 2007

O Enigma da Alma Gêmea

Um discípulo e seu guru estavam sentados à sombra de uma figueira.

O mestre perguntou ao discípulo:
- O que o perturba, meu filho?
- Ainda bem que perguntas, ó mestre. Sinto que é chegado o momento de eu partir a procura de minha alma gémea, aquela que haverá de ser minha parceira perfeita, a mais linda mulher do Universo.
O mestre disse:
- Assim seja, meu filho, mas lembra-te: quando tua busca terminar, volta aqui com ela.
- Sem dúvida, mestre. Decerto será assim.
Muitos anos depois, o discípulo regressou ao ashram, sozinho e desanimado.
Quando se encontraram, o mestre o acolheu calorosamente e perguntou-lhe sobre a sua busca:
- Encontraste aquela que procuravas?
- Sim, querido mestre, encontrei. Encontrei aquela com quem sonhava. Era na verdade uma perfeição de sonho, era a mulher perfeita...
- Bem, filho, onde está ela?
- Ah, mestre, que tristeza! Ela estava a procura do homem perfeito!!!


http://www.golfinho.com.br/

Mística com Pés na Terra


A espiritualidade começa no lombo,
ascende pelas costas e
retorna ao umbigo.

Não é apenas uma actividade mental, é também uma expressão de energia.A fonte dessa energia é física, está enraizada na química básica do corpo. O cultivo de si mesmo transmuta essa energia para a conquista espiritual.
A iluminação é portanto um desenvovimento psicofísico: é um estado de ser mais do que compreensão intelectual.
Uma vez que a energia é despertada através de exercícios e meditação, impulsionamos essa energia para cima.

Exercício prático:
Sentado, com as costas direitas e os pés bem assentes na Terra,... respire profundamente,... relaxe,...e leve a sua atenção para zona genital, mais precisamente entre os órgãos genitais e o ânus...
e imagine agora que a cada respiração vai sentindo nessa zona uma força/calor/energia/ cada vez mais viva e brilhante...e que o faz sentir cada vez mais segurança,...mais tranquilidade,... e veja, sinta que agora,... à medida que respira cada vez mais profundamente a energia começa a subir lentamente pela sua coluna espinal,... e enquanto sobe, ela vai alimentando os seus rins,... os seus nervos,... e os seus vasos sanguíneos,...e todas as partes inferiores do seu cérebro são estimuladas.... Ao chegar ao topo da sua cabeça,... esse fluxo, essa energia maravilhosa,... abre todo o potencial do seu inconsciente,...e tome o seu tempo para desfrutar durante alguns momentos desse estado de plenitude e essencial... Agora,...observe esse rio de energia,... que enquanto desce,... alimenta os seus olhos,... todos os seus sentidos e os órgãos vitais,...e veja-o,... sinta-o fluir em direcção ao umbigo,...onde ele retornará ao seu estado original de pureza,... e deixe que agora de uma forma inconsciente o ciclo se repita enquanto se sente profundamente agradecido pela participação de todas as suas partes responsáveis neste processo...

Inspirado num texto de Deng Ming-Dao

Assim se comprometem todas as partes, do corpo, da mente e do espírito numa oração íntegra e espiritual...
(...e tudo tende para a união, e para que se torne uma totalidade em nós...pressupostos da PNL)

http://www.espacointegral.com

Saber mudar

Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente e logo nadou até a borda do copo. Mas, como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar.Acreditando que não havia saída, desanimou, parou de se debater e afundou. Sua companheira, apesar de não ser tão forte, era tenaz; por isso continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de nata, onde ela subiu e conseguiu levantar voo para longe.Tempos depois, a mosca tenaz, por um descuido, caiu novamente em um copo, desta vez cheio de água. Imaginando que já conhecia a solução para aquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da outra, pousou na beira do copo e gritou:- Tem uma palhinha ali, nade até lá e suba.A mosca tenaz respondeu:- Pode deixar, que eu sei como resolver esse problema.E continuou a debater-se, mais e mais, até que, exausta, se afundou na água.Moral da história: soluções do passado, em contextos diferentes, podem transformar-se em problemas. Quantas vezes, baseados nas experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças ao nosso redor e ficamos lutando inutilmente até nos afundarmos também na nossa própria falta de visão? Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar as nossas experiências.Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir... Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.
Roberto Shinyashiki, no livro "Os Donos do Futuro”

POSIÇÕES PERCEPTIVAS

1. Experimentar em dias seguidos, uma vivência com uma detreminada posição perceptiva,
2. Alternar,
3. Aprender tudo o que tiver que aprender,
4. Avaliar os resultados obtidos,
5. Tudo e mesmo tudo pode acontecer.

Um Abraço.
Henrique

Purple bracelets




Did someone cut you off on the freeway this morning? Was your coffee a little too hot? People complain about major and minor things every day. But Pastor Will Bowen of Christ Church Unity in Kansas City, Missouri, is trying to change all that.

In a Sunday morning sermon, Will told his congregation he wanted to make the world a complaint-free place. To prove he was serious, Will passed out purple bracelets to each church member and offered them a challenge.

"If you catch yourself complaining, you take [the bracelet] and you move it to the other wrist," Will says. "The idea is to ultimately keep it [on the same wrist] for 21 days." Will chose this length of time, he says, because scientists believe it takes that long to form a new habit.

Will believes if everyone would stop complaining, the world would be a much better place. "[I think] everybody agrees the world is not the way we would like it to be. I wonder if there's some relation between the two."

The challenge grows. »

sábado, 14 de abril de 2007

Afinidade é um dos poucos Sentimentos que resistem ao tempo e aos depois...


A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais subtil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há Afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afecto no exacto ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediante a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjectivo sobre o objectivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
Ter Afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixarem de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem Afinidade.

Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavra. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir COM. Nem sentir PARA, nem sentir POR, nem sentir PELO. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir COM é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar; apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir POR. Quem sente POR, confunde Afinidade com masoquismo. Mas quem sente COM, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem Afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é. E, aceitando-o, aí sim, pode questionar até duramente se for o caso. Isso é Afinidade. Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona. Questionamento de afins, eis a (in)fluência. Questionamento de não afins, eis a guerra.
A Afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilómetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar. Há Afinidade por pessoas a quem apenas vimos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há Afinidade com pessoa de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintonias com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido?
A Afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir. Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da Afinidade! No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exactamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a Afinidade vence a morte porque cada um de nós traz Afinidade ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente. Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a Afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a Afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afectivo de antes, é alguém com quem a Afinidade foi temporária.
E Afinidade real não é temporária. É supra-temporal. Nada mais doloroso que contemplar Afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram Afinidade. A pessoa mudou, transformou-se por outros modos. A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas e plantio de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quanto das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e reflectida do eu individual aprimorado.

Artur da Távola

sábado, 7 de abril de 2007

Reflexão sobre a Páscoa, os meus votos de felizes ressurreições



Páscoa: pormenores, pão e perfume

Conto-vos como foi o milagre:

Sabem como são as cidades, sabem como é a cidade: fumo de escapes, gente a dormir na rua, autocarros atrasados e sem conforto, mau atendimento nos locais públicos, trânsito caótico, pessoas de olhar vago, longínquo, como autómatos de filme de ficção científica, dejectos de animais pelo chão, pedras soltas nas calçadas, carros nos passeios, bancos e caixas Multibanco e publicidade por todo o lado em vez de jardins ou outros espaços convivenciais, enfim, uma espécie de manicómio. Face a isto, não temos muitas alternativas. Ou morremos, ou adormecemos como os tais autómatos, ou optamos pela terceira "alTREnativa", e temos de nascer outra vez, pela terceira vez (a primeira foi quando nascemos, a segunda quando sobrevivemos, e agora... esta): há quem lhe chame ressuscitar, houve um que até experimentou há dois milhares de anos, ou que pelo menos tentou, dizem que resultou, mas ainda hoje não se sabe o que lhe aconteceu. Talvez o que importa seja essa memória vaga do mito, esse relato de um episódio da história, ou da mitologia da humanidade, essa crença, para alguns, de que um ser se soltou da prisão, essa esperança em forma de símbolo. Andamos por aí, na cidade, e às vezes, por esta época a que chamam Páscoa (mas que pode ocorrer em qualquer altura, em qualquer estação do ano, em qualquer momento do dia ou da noite, porque a Páscoa é como o Natal, quando a gente quiser) os olhos abrem-se vagamente para sombras, vemos nuvens, passamos pelo meio de vultos, uma força invisível impele-nos para um lugar ainda não conhecido da cidade, um lugar onde a beleza habita. Abrem-se-nos os olhos e não vemos o todo, passamos pelas montras cheias de ovos de chocolate embrulhados em pratas coloridas mas já não somos sensíveis à monotonia do comércio, apercebemo-nos de pequenos pormenores: um azulejo muito belo, uma varanda de ferro forjado num rendilhado interessante, uma brisa no cabelo, a cor do céu, as formas das nuvens, o tom mutante do rio, um perfume de pão, um cheiro a coentros, um perfume de flores… de laranjeira! Nós, que nos pensávamos a sonhar, abrimos então os olhos, quando nos apercebemos que estes odores são demasiado reais para serem de um sonho. Estamos… em Sapadores!, uma das zonas mais abandonadas e degradadas da cidade, mas de mil padarias (só pode ser!) desprende-se o perfume de pão cozido que nos conforta as memórias desde que aparecemos neste planeta, e do mercado recolhemos pelo nariz a agradável presença dos frutos, dos legumes e das ervas de cheiro; saindo do mercado e atravessando a rua, entra-nos pelas narinas o aroma quente, terapêutico e milagroso das laranjeiras ali mesmo do outro lado da estrada, ao pé do pavilhão gimnodesportivo.

E foi assim. Este ano já tive a minha Páscoa, tudo o que vier a mais é um bem acolhido suplemento, mas a minha história de ressurreição já ninguém me tira. Também querem? Apanhem o 35 ou o 26 e vêm até Sapadores. Depois de passarem pelas sombras (sim, sim, é um percurso iniciático), pelas nuvens e pelos vultos, a coisa acontece. O caminho da ressurreição não é linear. Mas depois, podem entrar em qualquer pastelaria e comprar um ovo de Páscoa ficando a comê-lo devagarinho à vista do rio, lá em baixo.

Partilho convosco a pose que uma das laranjeiras, que as inúmeras flores fizeram para mim. O perfume, só mesmo experimentá-lo… Tenham uma Feliz Páscoa em qualquer canto da cidade, do país, do planeta ou do vosso coração.

Recebido de

Risoleta