"Acho que a produtividade e ganho da empresa estão em correlação com a felicidade dos seus colaboradores. A PNL pode contribuir no ajustamento..."Pode ler o artigo completo no "Público" de 30 de Abril, Revista "Pontos de Vista", página 20.


A PNL direciona-se essencialmente a soluções. Todas as ferramentas têm portanto como fim contribuir para a realização de objetivos. Desde que se saiba o que se quer, se defina especificamente o que se quer, se focalize no que se quer, o coloque dentro do seu controlo, não provoque mais perdas que ganhos tanto para si como para os outros, aumentou já as possibilidades de chegar lá. Para além disso tem todas as inúmeras ferramentas da PNL ao seu dispor para o ajudar. E não se ponha a inventar o que já foi inventado: aconselhe-se com quem já conseguiu o que você quer, adapte a si a forma como ele faz e aja.
Essencial: o que é que quer verdadeiramente?
É corrente olhar para a congruência ou alinhamento de uma pessoa utilizando o modelo dos níveis (neuro)lógicos introduzido na PNL por Robert Dilts a partir dos trabalhos de Gregory Bateson. O visível do comportamento humano é determinado pelo invisível; este invisível são os valores e as convicções, o perfil psicológico, toda a gama de emoções ligadas à nossa história e finalmente, a missão, ou espiritualidade. Este nível corresponde à nossa ligação a um sistema maior e organiza e dá significado aos níveis inferiores.
Poderíamos falar então de pleno sucesso na vida quando a pessoa age e se sente diretamente em harmonia com os níveis hierárquicos (neuro)lógicos superiores, em última instância, aquilo que sente como sendo a sua missão.
Para além disso, uma sensação de congruência total e paz só poderão ser conseguidos quando esse alinhamento se fizer com todas as sub personalidades e todos os nossos papéis, (“partes”, como se chama em PNL).
Só quando cada um é líder auto responsável dentro do seu domínio, absolutamente empenhado na realização dos seus mais altos propósitos, seja numa empresa ou em qualquer outro contexto, só então está em estado de manifestar de forma crescente toda a potencialidade de que é dotado e realizar aquilo que, no mais fundo de si, sente como o seu propósito.
Este conceito de sucesso está ligado ao conceito de liberdade. A pessoa que realiza o seu propósito, aquilo que é verdadeiramente importante para ela, essa pessoa está a fazer o que quer verdadeiramente, quando quer. É livre.
A Programação NeuroLinguística é um dos meios ao nosso serviço para nos ajudar a realizar os objetivos práticos de que precisamos para uma maior eficiência no dia-a-dia. Oferecemos nos nossos cursos um fundamento que pode ser uma contribuição inestimável para a realização do que cada um sente como sendo o significado da sua vida

A primeira relação a que ninguém escapa é a relação consigo mesmo. E mais. A reação aos outros e a nossa relação com o mundo é o resultado da relação que temos connosco.
Assim, o primeiro tema do Panorama Social é justamente a relação connosco.
O Eu forma-se a partir dos outros e depois de ser formado é a medida de todas as coisas. Qualquer desajuste nas relações com o mundo exige a consideração da relação com a nossa autoimagem e com a sensação que temos de nós. Daí a importância da autoimagem no Panorama Social e da tecnologia desenvolvida para a recriação de uma autoimagem adequada tanto contextual como abrangendo todos os contextos.
É talvez um dos mais significativos temas que podem, na verdade, fazer a diferença na qualidade da nossa existência e que se nos apresenta subjetivamente na forma simbólica de uma relação espacial que nos pode causar uma sensação de poder, de solidão, de claustrofobia, de ansiedade, etc. A consciência da nossa localização no nosso panorama mental do mundo, onde se jogam as relações sociais e espirituais, é essencial para podermos proceder a novos ajustamentos que nos aumentem a qualidade de vida.
A maioria das pessoas não tem a mínima ideia dos processos que se jogam na sua mente e que são determinantes para as suas sensações e comportamentos. É assim a partir dessa consciência que podemos, através de recursos e de modificações espaciais na mente, enriquecer os nossos dias.
Relações com os outros
Traços de caráter limitadores
A indicação para esta abordagem é a existência de uma autoavaliação negativa no cliente; descobre-se através de reações negativas muito fortes ao aumento do tamanho e à aproximação da autoimagem.
A técnica é baseada no facto de que cada autoimagem é uma fantasia construída pela própria pessoa. Uma autoimagem negativa tem tão pouco de realidade como uma imagem positiva. Por isso é justificável substituir uma imagem negativa por uma positiva.
1. Peça ao cliente para pensar em alguém que ele ou ela valoriza muito. Ajude a intensificar a sensação fazendo com que a visualização da pessoa esteja próxima de si. Quando o cliente nota que a sensação é bastante intensa, o especialista em PNL e consultor do Panorama Social pode ancorar cinestesicamente esta sensação.
2. Empregue esta âncora para ligar esta sensação de apreciação (amor, respeito) com a autoimagem:
- "Sinta estima, apreciação, e aplique-a à imagem que tem de si de modo que olha para si com autoestima”.
3. Quando o cliente tem sucesso no seguimento destas sugestões, o que geralmente é fácil de constatar através da sua expressão radiante, então a questão é fazer com que a experiência se mantenha por algum tempo (pelo menos três minutos).
4. Ligue esta nova autoimagem positiva acabada de criar com o contexto em que o cliente sentia a carga da autoavaliação negativa.
5. Faça um teste - quais são as eventuais objeções contra esta nova situação? Estas apontam muitas vezes para convicções de identidade limitadoras.
6. Consolide esta autoimagem positiva dando-a ao “eu jovem” e seguidamente deixe o jovem crescer associado com ela.

Quando se fala de desenvolvimento pessoal em PNL, muito provavelmente está-se a falar de consciencialização de estruturas atrás de estruturas. A Programação NeuroLinguística não pode existir, parece-me, sem este conceito de base. Por detrás de cada hábito, crença e valor, emoção, traço de personalidade, há um nível de significado superior que dá sentido aos níveis inferiores.
É sempre assim, em PNL ou na vida. Procuramos significado e fazemos tudo para ser ouvidos, para pertencer a um grupo. Tornamo-nos seguidores seja de um sindicado, partido político, instituição religiosa, clube de futebol, de uma instituição acreditada qualquer, ou da maçonaria… De uma forma geral fazemos, às vezes, o impossível para realizar significado… afirmando-nos. Escrevemos livros, metemos por detrás do nosso nome a palavra doutor ou engenheiro ou advogado, colecionamos logos, damos referências, tudo na busca desesperada de sermos “alguém”.
A questão é que, na maioria das vezes, a forma como o fazemos não é funcional. Tudo o que realizamos tem como fim preencher significados. Desde os mais materiais aos mais espirituais. Só como exemplo, um caso meu conhecido, nas suas próprias palavras:
“Esforcei-me tanto na minha vida para conseguir poder e prestígio. Prestígio dava significado ao meu intenso e dinâmico trabalho. Estive à beira de me tornar um workalcoholic. Consegui prestígio e quis maior segurança. Percebi que segurança e a admiração dos outros era a estrutura com significado mais abrangente que prestígio e que me servia de motor. Pude com o dinheiro que ganhava comprar uma moradia (“blindada”). Tive durante uns tempos uma sensação de segurança. Adquiri os bens que me davam segurança mas… sentia-me vazio. Preenchi o vazio com uma procura de liberdade e vivi pensando nas férias; conseguiria então usufruir de uma sensação de bem-estar, pensava. E, pelo caminho, ia juntando matéria, um carro maior, mais gente à minha volta, ler mais livros, frequentar mais cursos que não ousava revelar aos meus colegas e amigos, e hobbies, filhos, cães e gatos, possuir cada vez mais “brinquedos”. E não encontrava paz, sentia falta de significado. E com o que fazia, afastava-me cada vez mais do que sentia ter significado. Aliás, durante muito tempo não tinha a mínima noção de qual era para mim o Significado. Na prática, para poder usufruir da liberdade das férias que poderiam dar um significado maior aos meus dias e me fazer sentir livre, trabalhava ainda mais, o que me ia impedindo ter tempo para férias...”
Há quem considere o Estado Essencial, um conceito introduzido por Connirae Andreas, como sendo a realização do nosso significado último. O Estado Essencial é definido por nominalizações pessoais tais como plenitude, amor, totalidade, nirvana, etc… A intenção no emprego da técnica chamada Transformação Essencial, é uma ressignificação (ou reenquadramento) total, quer dizer, fazer com que esse estado essencial penetre, por assim dizer, transforme e enriqueça, em última análise, todos os aspetos da nossa vida.
Fala-se às vezes de estados cada vez mais subtis por detrás de estados, tal como o faz Michael Hall que introduziu em PNL o conceito de Meta-estados. Robert Dilts e muitos com ele, falando da chamada terceira geração, acham que se atingiu a fase de trabalho com o “campo”. O “campo” tem todas as respostas e no “campo” está presente o significado transcendente. A história da PNL é vista como uma caminho que no começo se concentrou na “mente cognitiva” dando-se muita atenção aos aspetos do consciente e da racionalidade. A segunda geração concentra-se na “mente somática” e a atenção vai para o inconsciente e o papel da intuição. O estudo da experiência subjetiva da terceira geração concentra-se à volta da relação com a “mente coletiva”. Ditls e DeLozier falam do transcendente e inconsciente coletivo e pressupõem que a mente humana não existe só na cabeça e no corpo mas que existe uma sabedoria no corpo e uma sabedoria transcendente e universal para a qual nos podemos abrir para o nosso desenvolvimento.
Claro que há quem critique estas ideias como um regresso à subjetividade de caráter especulativo e esotérico. Dilts justifica-se dizendo que se as pessoas experienciam esta dimensão e desta forma a PNL só ficará enriquecida acrescentando o “campo” ao estudo da experiência subjetiva.
Com base nisto muitos praticantes e escolas de PNL juntam indiscriminadamente às suas práticas todo um conjunto de atividades consideradas alternativas. Segundo o que entendi de Dilts, a questão que se põe é: como estão a ser modeladas, de forma que se possam tornar utilizáveis para todo o mundo, tal como é a característica fundamental das ferramentas de PNL.