Se deitarmos fora as folhas velhas, não aprendemos nada. As
folhas novas murcharão da mesma forma que as antigas. E não nos iludamos. É que nem sequer conseguimos deitar fora
as velhas. Repetimo-nos.
O festival de mais uma passagem de ano é o espetáculo
de uma sociedade em crise, agonizante e vazio generalizado. E, para além disso, se desejamos tão ardentemente o ano novo, é porque não
vivemos verdadeiramente o ano velho, é que o novo será a repetição do velho e assim sucessivamente...
até não haver mais nada a fazer.
Certamente que é importante olharmos para o ano novo, desde que tiremos a aprendizagem
do ano velho.
É, aliás, “uma questão de honestidade”, como dizia o anti-gurú Krishnamurti.
Esta partilha é para mim. Cada um é livre de se juntar a ela. (J.F.)