Temos uma enorme tendência para nos protegermos atrás de citações e frases feitas por outros que conseguiram notoriedade, aplauso e grande impacto social, procurando as mais das vezes o apoio dessas muletas para dizer o que quer que seja, ao ponto de, frequentemente, quando dizemos algo por nós próprios, sermos tomados por arrogantes.
Bom, quem me conhece sabe que sou simplesmente optimista; quem ainda não conhece sempre poderá começar com o benefício da dúvida, certo?
Quero desejar um feliz Ano de 2011, com bondade efectiva; mais que formal e aparente, uma bondade real do indivíduo em si mesmo, afirmada perante os outros.
Estudos científicos demonstram (lá está a muleta, chamemos-lhe fundamento, dado que é a origem da informação), que pelo menos 50% da felicidade decorre da forma positiva como tratamos com os outros; do que damos (de nós e do que temos), com efectividade e evidência exterior — a evidência é importante, embora antes de parecer seja necessário ser, sob pena de o parecer soar a falso — uma vez que importa concretizar, produzindo efeitos objectivamente verificáveis no mundo exterior.
Ora é este o ponto fulcral da reflexão, o cerne da questão:
Ser evidentemente bom.
Ser realmente, evidenciando isso externamente, mas ser de verdade.
E, então, o que é ser bom?
Primeiro, ser bom para si mesmo. E, ser bom para si mesmo, implica ser equilibrado, entendendo-se, sendo capaz de se interpretar a si próprio e às suas mais profundas motivações, ajustando-se aos seus desejos positivos mais profundos. Depois, conseguir projectar isso no meio exterior, designadamente na relação com os outros.
Diversamente das vidas de abdicação e servilismo, mais ou menos religioso ou transcendental, defendo uma competência efectiva de se reconstruir permanentemente e direccionar para os outros essa energia positiva e essa capacidade de construir que a indicação de caminhos e possibilidades sempre traz.
Aqui entra então o poder imenso da PNL ao facultar-nos instrumentos realmente eficazes para evidenciar externamente essa ideia de bondade interior, projectando-a a dois níveis:
Interno
Externo
Pensar é importante, mas se não se conjugar internamente esse pensamento, de pouco vale, pois sentir é fundamental, pelo que se revela de crucial importância gerir bem as emoções e a concreta forma como lidamos connosco próprios.
Tudo isto, que é muito, adquire uma plenitude efectiva e um desenvolvimento exponencial, se for aplicado externamente.
Pois é, a melhor forma de aprender, é praticar e ensinar.
Praticar, praticar, praticar, evidenciando conscientemente o que se sabe, se é e defende, faz-nos crescer muito mais e, sobretudo, realizar verdadeiramente a função social de indivíduos integrados que, mais ou menos conscientemente todos temos e queremos.
O desafio para 2011 é pois esse mesmo:
Ser realmente bom, construindo um mundo melhor a cada momento e em cada momento, em nós e com os outros, na convicção profunda de que assim estamos a ser mais felizes, mais ricos e mais poderosos, entendendo isso como quer que individualmente o entendermos.
Formulo pois expressamente, votos de um excelente ano de 2011, na certeza plena de que, se fizermos apelo às possibilidades ilimitadas e colocarmos os olhos em horizontes elevados e objectivos poderosos, bem definidos, à nossa melhor medida, temporizados, com etapas claras, concretamente e regularmente avaliados e decorrentes de realizações próprias, por que nos responsabilizemos pessoalmente, será na verdade o melhor ano de sempre!
António