segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Um desejo não realizado
não impede a realização duma vida
de plenitude...

Dietrich Bonhoeffer

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Parábolas

Um mestre sufi contava sempre uma parábola no final de cada aula, mas os alunos nem sempre entendiam o seu sentido...
- Mestre- perguntou um deles, certo dia -, tu contas-nos contos mas nunca nos explicas o que significam...
- As minhas desculpas - disse o Mestre. Como compensação, deixa-me que te ofereça um belo pêssego.
- Obrigada mestre - disse o discipulo comovido.
- Mais ainda, como prova do meu afecto, queria descascar-te o pêssego. Permites que o faça?
- Sim, muito obrigada - disse o discípulo.
- E já que tenho a faca na mão, não gostarias que te cortasse o pêssego em pedaços, para que te seja mais fácil comê-lo?
- Sim, mas não gostaria de abusar da tua generosidade, mestre...
- Não é um abuso; sou eu que me estou a oferecer. Quero apenas agradar-te. Permite-me também que mastigue o pêssego antes de to oferecer...
Não, Mestre. Não gostaria que fizesses isso! - queixou-se o discípulo surpreendido.
O mestre fez uma pausa e disse:
- Se vos explicasse o sentido de cada conto, seria como dar-vos a comer fruta mastigada.

Contos para pensar

OBSTÁCULOS
Vou caminhando por uma vereda. Deixo que os meus pés me levem. Os meus olhos pousam-se nas árvores, nos pássaros, nas pedras.
No horizonte recorta-se a silhueta de uma cidade. Fixo nela o olhar para a distinguir bem.
Sinto que a cidade me atrai. Sem saber como, dou-me conta de que nesta cidade posso encontrar tudo o que desejo. Todas as minhas metas, os meus objectivos e os meus logros.
As minhas ambições e os meus sonhos estão nesta cidade. Aquilo que quero conseguir, aquilo de que necessito, aquilo que eu mais gostaria de ser, aquilo a que aspiro, aquilo que tento, aquilo pelo que trabalho, aquilo que sempre ambicionei, aquilo que seria o maior dos meus êxitos.
Imagino que tudo está nesta cidade. Sem duvidar, começo a caminhar até ela.
Pouco depois de começar a andar, a vereda põe-se a subir pela encosta acima. Canso-me um pouco mas não importa. Sigo.
Avisto uma sombra negra, mais adiante, no caminho. Ao aproximar-me, vejo que uma enorme vala impede a minha passagem. Receio... Duvido. Desgosta-me não conseguir alcançar a minha meta facilmente. De todas as maneiras, decido saltar a vala. Retrocedo, tomo impulso e salto...
Consigo passá-la. Recomponho-me e continuo a caminhar. Uns metros mais adiante, aparece outra vala. Volto a tomar impulso e também a salto. Corro até à cidade: o caminho parece desimpedido.
Surpreende-me um abismo que detém o meu caminho. Detenho-me. É impossivel saltá-lo. Vejo que num dos lados há tábuas, pregos e ferramentas. Dou-me conta de que estão ali para construir uma ponte. Nunca fui habilidoso com as minhas mãos... penso em renunciar.
Olho para a meta que desejo... e resisto. Começo a construir a ponte. Passam horas, dias, meses. A ponte está feita. emocionado atravesso-a e ao chegar ao outro lado... descubro o muro.
Um gigantesco muro frio e húmido rodeia a cidade dos meus sonhos...
Sinto-me abatido... Procuro a maneira de o evitar. Não há forma. Tenho de o escalar. A cidade está tão perto... Não deixarei que o muro impeça a minha passagem. Proponho-me trepar. Descanso uns minutos e tomo ar...

Rapidamente vejo de um lado do caminho, uma criança que olha para mim como se me conhecesse. Sorri-me com cumplicidade.
Faz-me vir à memória como eu próprio era... quando criança.
Talvez por isso me atrevo a expressar em voz alta a minha queixa.
- Porquê tantos obstáculos entre o meu objectivo e eu?
A criança encolhe os ombros e responde-me:

- Porque me perguntas a mim? Os obstáculos não existiam antes de tu chegares... Foste tu que trouxeste os obstáculos....

Jorge Bucay

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Salto tandem

A pedido organizamos novamente um salto para aqueles que gostam de dar saltos na sua vida!

Mais uma vez, a 1 de Novembro, alguns pnlianos vão desafiar-se ao lançarem-se das nuvens para experimentar a sensação da liberdade, para além das limitações do espaço e do tempo.

São pessoas com objectivos definidos na vida, pessoas decididas a realizar sonhos, e a sentir que os impedimentos só existem entre as nossas orelhas.

Juntem-se a nós!


Terminou o 19º Practitioner

Mais nove practitioners receberam o seu certificado internacional no domingo passado.
É sempre um momento memorável, este momento dum novo começo.
Há pessoas que apontam o dedo e outros que estendem a mão a pedir ajuda.
E há os que fazem a diferença.
Claro que às vezes é preciso apontar o dedo e às vezes é necessário estender a mão.
E o que faz a diferença é a subida daquele monte que parece uma montanha, subi-lo agora pelas nossas próprias mãos, empregando as novas ferramentas agora à nossa disposição para crescermos cada dia e ajudarmos os outros a crescer, sabendo que ao crescermos e ajudando os outros a crescer, os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos se orgulharão de nós um dia porque contribuímos com a nossa parte para um mundo melhor. Porque o sino tocará um dia no topo de todas as montanhas do mundo para anunciar com júbilo o nascer da aurora na história da humanidade.
E nós vivemos o nosso dia também em júbilo já, porque realizamos já o que há de mais essencial em nós. Ferramentas para o sucesso? Sim. Ferramentas ao nosso dispor que nos ajudam já a realizar o que há de mais significativo e essencial para nós.
Nem precisamos de esperar que os sinos toquem no topo de todas as montanhas do mundo. Deixemos já que eles soem com toda a força dentro de nós, e eles então ecoarão também no espaço e no tempo à nossa volta e serão ouvidos a começar por aqueles que nos são mais queridos. E propagar-se-á.
Parabéns!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

MEDO - OU AMOR?

"Quando nos encontramos num estado de medo recolhemo-nos literalmente no nosso íntimo, prontos a lutar ou a fugir. Desenvolvemos esses mecanismos como meio de sobrevivência. No entanto, muitos de nós estamos persistentemente sobrecarregados de medos, mesmo quando não existe nenhum perigo imediato ou realista. Esse medo crónico pode ser expresso como uma fobia específica ou incorporado de formas mais genéricas, como o receio do compromisso ou de alcançar sucesso. Na melhor das hipóteses, o medo limita a nossa capacidade de participar plenamente na vida e, na pior, debilita-nos e fecha-nos numa prisão de nossa única e exclusiva responsabilidade. Este é o nosso medo. Possuímo-lo, pois em última análise, mais ninguém nos pode tornar medrosos.
Quando pelo contrário optamos pelo Amor, em lugar do medo, adoptamos uma atitude que percepciona o mundo como um todo inter-relacionado, uma atitude que procura as coisas que temos em comum em vez daquelas que, aparentemente, nos separam. Esse Amor não é cego em relação às circunstâncias do mundo manifesto e consegue percepcionar, ainda que de modo elusivo, a harmonia holográfica e o propósito que lhes estão subjacentes e o guiam.
Enquanto as energias do medo são congenitamente as da ESCASSEZ e da SEPARAÇÃO, as energias do amor são, por inerência, as da ABUNDÂNCIA e do RELACIONAMENTO. "
Individual e colectivamente, podemos escolher reagir aos riscos conhecidos e às possibilidades desconhecidas, com MEDO ou com AMOR.
Essa RECONCILIAÇÃO só pode começar DENTRO de cada um de NÓS."
Jude Currivan
The teacher opens the door,
but you must enter yourself


In: Beyond Change NLP

O QUE FAZ O MEDO

Num país em guerra havia um rei que causava espanto.

Sempre que fazia prisioneiros, não os matava. Levava-os para uma sala onde havia, de um lado, um grupo de arqueiros, e do outro uma imensa porta de ferro sobre a qual se viam gravadas figuras de caveiras cobertas de sangue.

Nesta sala o rei colocava-os em círculo e dizia-lhes então:
- Vocês podem escolher entre morrer atravessados pelas flechas dos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e serem lá trancados por mim!

Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao terminar a guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, dirigiu-se ao soberano:
- Senhor, posso-lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por detrás da assustadora porta?
- Vá lá, e veja você mesmo.

O soldado abre então vagarosamente a porta e, à medida que o faz, raios de sol vão entrando e iluminam o ambiente... E, finalmenete, descobre altamente surpreendido que...
... a porta se abria sobre um caminho que conduzia à

LIBERDADE!!!

O soldado admirado apenas fica a olhar para o seu rei, que diz:
- Eu dava-lhes a escolha, mas preferiam morrer a arriscar-se a abrir esta porta.

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas por sentirmos medo de abrir a porta dos nossos sonhos?

Pense nisso!

Introduction to NLP

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

E DEIXO O TEMPO PASSAR...

E deixo o tempo passar...
Encosto-me à cadeira
E não faço nada, nem sequer
Penso.

Preguiçosamente encosto-me
A mim próprio
E deixo-me estar.
Só estar.

Fico à espera, sem estar à espera,
Espero e não faço nada
Para que aconteça alguma coisa.
E nada acontece.
E sabe bem estar assim
Sem nada acontecer
Encostado a mim próprio.

Sou um bom encosto.
Não me mexo muito
Não chateio nem peço nada,
Só que me deixem encostar.
Para poder, não fazer,
Nada.

E assim estou bem.
Estou bem porque me sinto bem
Porque não preciso de fazer nada para me sentir bem.
Basta estar assim,
Quieto,
A sentir-me (o tal encosto)
E como me sinto bem,
Sinto-me bem!

Agora ia bem para a cama
Dormir.
Mas sinto que ainda não é
O momento. Já vou.

E o tempo já passou
E devagarinho começo a levantar-me.
Vou para a cama dormir
Sem ter que pensar,
Pensar em descansar ou em dormir,
Simplesmente deitar-me
Aconchegar-me a mim próprio com os meus lençois.
E depois, depois deixo o tempo passar...


(Enviado por Pedro Alsklin - 1 de Outubro de 2007)

INCORPORAR HARMONIA CÓSMICA

"Para os sábios védicos da Índia primitiva, a alma humana é uma gotícula do oceano infinito de consciência que é Brahman. Esta metáfora espiritual, agora com milénios de existência, vê a jornada da alma reflectida nos ciclos da água vital na Terra. Destilados da vastidão do oceano cósmico, elevamo-nos no ar. Seres étereos de vapor, somos transportados por brisas ligeiras e sacudidos entre nuvens de tempestades até chegarmos à terra. Caindo sob a forma de chuva, encontramos o nosso caminho nos solos férteis da Terra acolhedora e dançamos nas redes intrincadas de água subterrânea. Pode passar uma eternidade antes de assomarmos à superfície e fluirmos como os rios pequenos, e grandes, da vida, até encontrarmos, finalmente o nosso caminho de regresso ao oceano.
Esta metáfora antiga apresenta-nos um discernimento profundo de como a nossa consciência individualizada se expressa. Pois assim como um rio consiste de muitos afluentes, tambèm a nossa consciência é muito maior que o pequeno regato do ego-persona que exploramos numa só vida humana."
In, "O 8º Chacra - O que é e como pode transformar a sua vida"
Jude Currivan
Editora Estrela Polar

a forma como vemos o mundo, torna-se a nossa realidade

Crise & oportunidade

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorros-quentes.
Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali gritando quando alguém passava: "Olha o cachorro-quente especial!!!"
E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsicha, e acabou construindo uma mercearia. Então, ao telefonar para o filho que morava em outra cidade e contar as novidades, o filho disse:
- "Pai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!"
Diante disso, o pai pensou:
- "Meu filho estuda na universidade! Ouve rádio e lê jornais... portanto, deve saber o que está dizendo!"
Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho:
- "Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!"

retirado do site da Golfinho